Eu discoteco pela noite paulistana há mais de 10 anos e, ao longo dessa década, já mudei bastante de gosto musical, conheci novos gêneros, novas versões, deixei para trás o meu “pré conceito”, com aquilo que não me convencia. Afinal, um bom tocador de música deve ter a mente aberta e limpinha, antes de criticar ou descartar o desconhecido.
No começo, eu e minha ex-dupla, Isabel, passávamos horas pesquisando, baixando músicas e montando sets. Tocávamos com CD, e ela organizava etiquetinhas com a listagem de cada disco; depois investimos no Seratto – interface feita para DJs profissionais, lembro de parcelar em algumas vezes, lá na Santa Ifigênia.
Há mais ou menos um ano, Isabel pediu divórcio, cansou daquilo que era nosso hobby preferido. Eu quase desisti, mas uma nova onda passou por mim e eu resolvi surfar. De RASSIF, passei a ser Manu Rahal solo, e continuei discotecando nas mesmas festas de sempre, mas com um novo pique e muitas novas referências.
Atualmente, quando me perguntam: “o que você vai tocar hoje?”, eu logo respondo: “preciso olhar para a cara das pessoas que estão ali energéticas, no ponto da pista, para decidir qual vai ser”. E então, vou otimizando, de acordo com as reações. Meu maior aprendizado: ler o seu público e entender o que cairia melhor ali.
Mas, isso não quer dizer que podem me pedir músicas. Sorry, essa prática fica para o Karaokê.
Deixo com vocês uma das minhas playlists preferidas e infalíveis, do groove old school, da raiz de muita coisa.
