Seu objetivo principal é sair de lá o mais rápido possível. Por isso, já entre com tudo organizado: roupa semi desabotoada, papel higiênico engatilhado e força no abdômen pra expulsar o jato da forma mais rápida e certeira. Pra retocar a make, prefira o retrovisor de algum carro.
Nunca, jamais, em hipótese alguma, dirija o olhar ao buraco escuro que guarda o “conteúdo” e agradeça se acaso tiver aquela tampinha isolando tudo lá embaixo. Quem faz xixi na posição “sentada no ar” já pode entrar de ré, por via das dúvidas.
Cada centímetro do interior da cabine pode conter fluidos humanos indesejados. Por isso, nem pense em apoiar sua pochete ou bolsa em algum canto e, muito menos, sua latinha de cerveja.
Encontrar um rolo de papel higiênico num banheiro químico é quase uma experiência mística. Mas não se deixe seduzir: muitas vezes ele pode estar respingado com... ufff, nem pense. No Carnaval, lencinho no bolso é a receita da felicidade.
Se você se garante na apneia, o melhor é encher o peito antes de entrar e só respirar de novo ao sair. Mas é uma técnica arriscada: ficar sem ar lá dentro e ter que dar aquela puxadona pode ser traumático. O melhor é usar uma máscara cirúrgica e manter uma respiração “curtinha” e espaçada.
Sempre que possível, escolha um banheiro químico posicionado na sombra. Entre o fogo carnavalesco e o sol, o calor no interior da cabine pode chegar a níveis assustadores.
Pra sair de um banheiro químico com dignidade, gire o trinco com o cotovelo, segure gentilmente a porta pra próxima vítima e, uma vez lá fora, respire profundamente, tome banho de álcool gel e devolva a pochete que você pendurou no pescoço ao lugar normal.