Numa sociedade totalmente orientada à produtividade, abraçar esse estado de espírito é subversivo. Mas há bons motivos pra você se render ao sofá e fazer corpo mole de vez em quando.
Olhando a questão de outra perspectiva, no entanto, é provável que o fato de não permitirmos dar vazão à preguiça — sentimento que todo ser humano conhece — seja mais prejudicial ao nosso bem-estar do que falhar na missão (impossível?) de nos mantermos sempre ocupados.
Isso porque quando estamos ocupados com as tarefas diárias, acionamos uma camada mais superficial dos nossos pensamentos. Ou seja, estamos mais focados em executar planos do que em refletir sobre eles.
Por outro lado, ao entrarmos no modo dolce far niente, a mente voa e conseguimos acessar lugares mais profundos onde residem a raiz dos nossos problemas, nossas motivações e outros elementos que podem ajudar a tomar decisões e conduzir o rumo das nossas vidas.
Liberada das demandas imediatas do cotidiano, a mente também encontra espaço pra ser mais criativa. Não à toa, é comum termos um insight sobre como solucionar uma questão, ou uma ideia incrível de projeto, justamente quando não estamos pensando ativamente sobre o assunto.
Viver uma vida solar requer tempo pra processar as informações, emoções, sensações e afins com as quais nos deparamos todos os dias. E a sensação de preguiça que tenta tomar conta de nós de vez em quando pode ser um lembrete de que você precisa abrir esse espaço na agenda.