Malu Reigota esculpiu a singela vila caiçara de Caraíva, na Bahia, em prata.
Essa joalheira fisgou nosso coração pela linguagem näive que imprime em suas peças, como o vôo dos pássaros ou uma lenta paisagem bucólica que passa diante dos nossos olhos.
De Itapetininga, foi estudar em São Paulo, onde mora há mais de dez anos. Mas os pássaros de lá ainda gorjeiam cá, entre seus pensamentos.
Fotos: Divulgação
Malu tem seu ateliê em casa, onde trabalha suas coleções e peças exclusivas.
E o desenvolvimento de cada uma é trabalho duro: ela derrete, serra, solda, martela e lixa a prata.
Curioso pensar que sua poesia pode ser feita com ferramentas tão brutas e pesadas – que seja necessário força.
Mas é justamente aí que mora a magia. E logo lindas gaivotas se perdem entre seus cabelos; e plumas entre arabescos em tiaras e presilhas de românticas noivas.
Assim como as alianças que, mais do que personalizadas para cada cliente, são criadas de modo a ter conexão com seus corações.
Há mais coleções: uma feita em prata e madeira, outra que foi buscar inspiração nos ladrilhos hidráulico e uma em homenagem à terra da garoa, com guarda-chuvas entre arranhas-céus.
Mas, ahhhhhh… Que saudade da Bahia sentimos ao ver as casinhas, a igreja, o carro de boi, tudo tão singelo, tudo tão simples, poético e verdadeiro.
Dá pra ver mais do trabalho da Malu Reigota no instagram e no site dela:
@malureigota
malureigota.com