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A jornada de uma artista pela América do Sul em busca de inspiração

Por
Ricardo Moreno
Em
29 outubro, 2015

Leyley Walker-D’Souza tem 20 anos e um objetivo. A cantora inglesa quer rodar, a partir de 2 de novembro, parte da América do Sul e das Antilhas fazendo e ensinando música. Sua companhia? Um violão e nada mais.

A trip começa por Buenos Aires. Depois Chile, Brasil, Peru… Até chegar em Trinidad & Tobago, onde sua mãe foi criada. “Quero conhecer novos estilos, aprender e ensinar música, tocar e colaborar com artistas locais”, ela conta.

O resultado, previsto para meados do ano que vem, virá no formato de um disco, o primeiro da sua carreira. As faixas contidas serão criadas e gravadas com as pessoas que ela conhecer no caminho. Inspirador, não?

Leyley criou um campanha de crowdfunding no <Kickstarter para ajudá-la nesse desafio. As recompensas vão de um poema personalizado em formato de tweet (£ 5) até performances musicais exclusivas (£ 250) em qualquer lugar do mundo.

Ela vai estar no Brasil para o final do ano e réveillon. Boa oportunidade de você desembolsar cerca de R$ 1500 para ter um show exclusivo, para você e seus amigos, de preferência em volta de uma fogueira na beira da praia.

Leia a entrevista que fizemos com ela:

Fale um pouco mais sobre você…
Meu nome é Leyley. Tenho 20 anos de idade. Sou música e exploradora nata nascida em Leicester, no Reino Unido, com uma família vinda de várias partes do mundo.

Walker-D’Souza é um sobrenome bem global. De onde vêm suas raízes?
Minha mãe cresceu em Trinidad & Tobago. Seus antepassados são africanos e ingleses. Já meu pai é meio indiano e meio português. Definitivamente meu sobrenome é um melting pot.

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Você é muito fotogênica e parece ser bem alta. O que fazia antes da música?
Obrigada! Eu tenho 1,85 metro. Realmente sou mais alta do que a maioria. Já trabalhei como modelo, mas a minha grande paixão é a música, então decidi focar nisso. Dando aulas, realizando performances e escrevendo canções, além uma horinha de yoga todas as manhãs. É o suficiente para eu ficar ocupada durante todo o dia! E agora me preparo para esta grande aventura que será viajar durante seis meses pela América do Sul e Antilhas enquanto abasteço um blog (leyleyismusic.com) com minha histórias em textos, fotos e vídeos.

Pode nos explicar um pouco mais sobre essa viagem?
Claro! Começa no dia 2 de novembro, quando embarco para Buenos Aires com nada além do meu vilão. Será a viagem de uma vida. Pretendo dar aulas e tocar minha música em todo o continente, colaborando com artistas locais, aprendendo mais sobre a cultura e o estilos de música de toda a região.

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Você já esteve no Brasil?
Será minha primeira vez. Mas trata-se de um lugar que eu sonho pisar desde muito garotinha. E ainda que eu nunca tenha estado lá, sinto como se eu sempre tivesse uma afinidade muito grande com o seu país: o clima, as cores, a música, as pessoas. Mal posso esperar para estar aí, dançar samba, comer suas delícias, tocar bossa e e me perder em seus ritmos. Meus amigos e família acham que eu vou gostar tanto do Brasil que temem que eu nunca mais queira ir embora.

Você já tem um itinerário definido?
Sim, mas estou sempre aberta a mudanças de última hora. O plano é Argentina em novembro, depois Chile até chegar no Brasil em dezembro e janeiro. Aí subir até Trinidad & Tobago para o carnaval e tocar no Tobago Jazz Experience em abril. Depois, Peru antes de pegar meu voo de volta para a Inglaterra em maio. Mas estou aberta a receber sugestões de lugares que eu devo conhecer e onde me apresentar, então tudo é possível.

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E qual será o resultado final deste projeto?
Vou escrever uma música em cada país que eu passar. Ela será inspirada pela cultura local, por suas tradições e sons. Quando eu retornar para a Inglaterra, em maio, começo a preparar meu primeiro disco, que vai se chamar “Find Your Tribe”. Ou resultado, portanto, será um álbum, uma gravação musical desta minha jornada. E isso só será possível por causa das pessoas que estão me ajudando via Kickstarter.

Defina a sua música.
Eu acho que minha música reflete a diversidade do meu background. Meu som já foi descrito como jazz-folk. São, em sua maioria, melodias chilled e acústicas. A trilha sonora perfeita para uma caminhada pela praia de Ipanema, já me disseram.

E suas influências, quais são?
Por causa da minha mãe cresci ouvindo muita música caribenha, ritmos como soca e calypso. Meu pai é um pianista de jazz, então jazz e blues também sempre estiveram presentes na minha casa. Desde muito pequena ela tocava muita bossa nova para mim. Bebel Gilberto, Sabrina Malheiros e Luisa Maita são minhas artistas prediletas. Meu coração está ardendo de vontade de chegar logo e descobrir, com meus próprios olhos, a reputação mundial que a América do Sul tem pela cultura, a gastronomia de dar água na boca e o sorriso constante no rosto das pessoas.

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