Como a iluminação molda o ambiente, o seu humor — e até a sua autoestima.
Um espaço aconchegante tem aquele mix de fatores que faz você ter vontade de ficar. E boa parte desse combo tem a ver com a luz. Além de criar atmosferas únicas, a iluminação de um ambiente influencia nosso humor, nosso bem-estar psicológico e até nossa autoestima.
Na velocidade da luz

A luz natural rege o nosso relógio biológico, regulando a liberação ou a supressão de hormônios e neurotransmissores, ajustando o mood, a disposição e até a capacidade cognitiva a cada momento do dia. Nos espaços fechados, no entanto, a iluminação artificial dos ambientes e das telas assumem parte desse papel.

Luzes brilhantes intensificam as emoções, tanto negativas como positivas. Já uma iluminação mais suave pode incentivar decisões mais calmas e racionais.
Fonte: estudo da University of Toronto Scarborough, no Canadá
Quente ou frio?

A luz fria estimula a produtividade — não à toa, reina absoluta no escritório. Mas também pode causar fadiga visual e stress. Isso porque ativa nosso cérebro de forma semelhante à luz solar, nos deixando mais alertas. Fora isso, deixa tudo mais nítido e escancarado. Sair de casa se achando e levar um susto em algum espelho de elevador com luz branca: quem nunca?

Luzes mais suaves e quentes, como as que puxam pros tons de amarelo e laranja, criam um ambiente aconchegante e relaxante. À noite, também estimulam a produção de melatonina, ajudando o corpo a se preparar pra dormir.

Estudos publicados na revista científica Lighting Research & Technology sugerem que a iluminação impacta também nas interações sociais. Ambientes com luzes suaves/quentes incentivam conversas mais descontraídas, enquanto luzes frias/brancas podem criar uma sensação de urgência ou impessoalidade.

Luz branca: uma forma certeira de arruinar o seu date.
Ilustração da imagem de abertura: Eduardo Gayotto