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A nova cultura do carro

Por
Adriana Setti
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A relação com o automóvel mudou. Aqui, a gente explica o que motiva — ou não — o jovem de hoje a tirar carteira de motorista.

Há tempos que tirar carteira de motorista não é mais tão relevante no ritual de passagem para a maioridade. Em São Paulo, por exemplo, o número de novos condutores na faixa etária dos 18 aos 30 anos caiu 10% entre 2015 e 2021, com base nos números do Detran-SP apurados pela Istoé. A queda acompanha uma tendência mundial.

A nova cultura do carro
Xavier Coiffic/Unsplash

Além do transporte

O significado de dirigir o próprio carro também mudou. Em uma pesquisa global feita pela Vice, 70% dos jovens disseram que o carro é mais do que um meio de transporte. É uma forma de melhorar as suas experiências de vida. Além disso, para os nascidos nos anos 2000, especialmente, os sentimentos associados ao ato de dirigir são “liberdade”, “alegria”, “calma” e “aventura”.

Mas isso não quer dizer que a maioria pretenda comprar um carro ou dirigir diariamente. Na pesquisa da Vice, 61% dos entrevistados diz acreditar que mais pessoas usarão serviços de compartilhamento de automóveis no futuro. 72% afirma que não teria um automóvel porque é muito caro.

Foto: Paulo Freitas/Unsplash
Foto: Paulo Freitas/Unsplash

De olho planeta

Os jovens também estão preocupados com o impacto dos automóveis no planeta. Seis em cada 10 afirmam não querer comprar um carro porque não é ecológico. E, por enquanto, ser dono de um elétrico é visto como algo apenas aspiracional, distante da realidade.

Uma das preocupações da juventude é que as marcas continuem inovando para o futuro sustentável. A maioria espera que carros movidos por algo diferente de eletricidade ou gás seja realidade em um futuro próximo.

Ferran Feixas/Unsplash

Carros (realmente) populares

Acessibilidade e inclusão também são aspectos relevantes. Pra boa parte das novas gerações, a indústria automobilística deveria produzir veículos financeiramente acessíveis e carros adaptados a pessoas com deficiência. E se até a virada do século dirigir sem cinto de segurança era quase a regra, hoje 71% dos que compraram um carro valorizaram dispositivos de segurança.

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