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Na TV ou na web, ele não se cansa de fazer – e ditar – moda

Por
Anita Pompeu
Em
11 março, 2016

Caio Braz é um típico representante da Geração Y. Não por acaso, essa entrevista aconteceu da maneira mais emblemática possível: via Skype, ele no Recife, sua terra natal, nós em São Paulo. Com mais um detalhe: via celular – que funcionava só no 3G, no caso do Caio. Auge do verão, tinha acabado de cair uma tempestade na capital pernambucana que deixou muita gente sem luz, inclusive ele. Mas, trocadilhos à parte, não teve tempo ruim. O bate-papo com esse multitalentoso rapaz de 29 anos recém-completados que é sucesso na internet, na TV, nas palestras que faz sobre comportamento jovem e na marca de moda masculina que leva seu nome, rolou solto entre pequenos piripaques na rede. Confira a seguir o que o Brazinho tem a dizer sobre a sua geração, moda para homens no Brasil, os destinos da vez e sua veia maratonista.

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O que é a Geração Y pra você?
É aquela que cresceu com a internet, repleta de opções profissionais. A Geração Y sacou que ela pode ser múltipla, que pode exercer coisas diferentes ao mesmo tempo, ter mais de uma profissão, ter mais de um estilo.

E você se considera um típico representante dela?
Sou múltiplo, mas muito dedicado a todas as minhas atividades: trabalho num programa na televisão, o GNT Fashion, e me dedico muito a ele. Tenho um canal no YouTube, uma marca de roupas que leva o meu nome e que lança novas coleções todos os anos. Antigamente você tinha que ter uma profissão só, um core só. E essa coisa de transitar é algo que me interessa muito, até porque enjoo de tudo com muita facilidade.

Então tudo isso tem muito também de uma inquietação natural sua?
Sim, uma vontade de fazer coisas, de estar por dentro do que está acontecendo no mundo, de estar atualizado, de ser contemporâneo. E quem trabalha com comunicação acaba usando isso como argumento, influenciando um monte de gente a buscar o seu sonho. Porque às vezes você tem um sonho, outras vezes você tem dez, e hoje em dia dá para você ter dez e correr atrás de todos.

Você tem blog, canal no YouTube, programa de TV e ainda roda o Brasil dando palestras sobre tendência e comportamento jovem. Como faz para dar conta de tudo?
Tenho um equipe de dez pessoas que trabalham comigo. Elas estão espalhadas pelo Rio de Janeiro e por São Paulo. Às vezes nos encontramos para fazer reuniões, às vezes trabalhamos e nos reunimos remotamente.

Diante de tantos, qual você considera o seu maior talento?
Ser apresentador. Acredito que eu tenho um diálogo bacana, muito acessível. É uma linguagem próxima, sem muita frescura. Consigo transitar de assuntos de gente grã-fina para temas mais populares com muita energia e sem muita distância do público.

Fale um pouco da sua marca. Que tipo de homem veste a sua roupa?
A marca Caio Braz existe há três anos. Faço coleções de moda masculina porque comecei a perceber que eu queria usar roupas que eu não encontrava aqui no Brasil por um preço acessível. Ou era tudo muito caro, ou você tinha que importar. E percebi que as pessoas que me seguiam passavam por esse mesmo problema.

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E por que isso acontece?
Porque no Brasil as pessoas estão cheias de referências legais por causa da internet. Por outro lado, as coisas vão acontecendo no mundo inteiro e muitas vezes demoram um pouco para chegar aqui por conta de o mercado ser mais careta. Foi aí que eu me propus a fazer algumas coleções que trouxessem esses temas que eu acho legais.

Tipo quais?
Na verdade todas as minhas coleções são focadas na arte de viajar pelo Brasil e pelo mundo. E as estampas acabam ilustrando todas essas histórias. Desta vez focamos no Deserto do Atacama, no Chile. E optamos por uma estética mais radical: peças mais geométrica, mais minimal. Eu já vendi em lojas no Brasil inteiro, mas hoje em dia eu só comercializo online.

Você viaja muito. Qual o destino da vez?
Estão todos Brasil, e são os lugares que ainda não estão tão bombados, como os Lençóis Maranhenses, Alter do Chão, no Pará, São Miguel dos Milagres, em Alagoas. O Brasil tem muito paraíso que ainda guarda uma característica mais virgem.

E o melhor programa para se fazer, qual é?
Ir para uma praia bem simples, com os amigos, alugar uma jangadinha com o pescador local. Beber cerveja, fazer peixe assado… Sem baladão, sem DJ gringo, sem festa com dress code branco. Coisa simples, sabe?

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Qual o primeiro programa que você faz quando chega na sua terra natal, o Recife?
Comer lagosta no Bar do Samuray, que fica numa comunidade chamada Brasília Teimosa. Ele é um ícone porque consegue juntar todo tipo de pessoas, das mais simples às mais grã-finas. E serve você de um jeito incrível. É tudo supersimples e superfamiliar, um botecão, mas incrível!

Você está no Recife, mas vive no Rio. Em que bairro você mora lá, e por quê?
Moro no Rio há sete anos, em Copacabana. Escolhi por causa da fauna que ali habita. Acho que é um bairro-síntese do Brasil. É o coração do país.

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E qual é o seu programa preferido no Rio?
Gosto de tomar sol no Arpoador e correr na praia.

Você é corredor profissional? Do tipo que faz maratona?
Em abril vou para o Havaí com meu pai, de 63 anos, fazer a meia maratona de lá. Será a minha primeira vez e a segunda dele.

E como é sua relação com a noite?
Moro no Rio, mas trabalho em São Paulo. O Rio acaba sendo um lugar mais para curtir o dia. Ficar em casa, criando, trabalhando. Eu uso muito o Rio para dar um respiro. Já em São Paulo eu me jogo loucamente nas baladas.

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