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As cervejas artesanais estão com tudo no RJ. Conheça as principais marcas produzidas na cidade

Por
Rafael Bittencourt
Em
9 janeiro, 2017

Até poucos anos atrás, beber cerveja no Brasil era um commodity. Pouco importava a procedência, a receita ou a marca em questão. O importante era o preço – e a quantidade. A cultura de se apreciar a bebida no país praticamente não existia – quem curtia, normalmente trazia suas garrafas em viagens internacionais. Afalta de acesso a boas marcasgringase a produção independente ainda era bastante incipiente. Consumir cerveja boa, com ingredientes de primeira e preço de vinho importado, era uma exceção.

Paralelamente a isso, a tendência global de uma nova geração querendo desenvolver produtos artesanais e fazer a diferença no mundo com seu trabalho fez com que muitos jovens criassem seu próprio negócio e se aventurassem em segmentos até então dominados pelas grandes indústrias, como foi o caso das novas cervejarias artesanais.

O Rio de Janeiro acabou entrando de cabeça nessa nova onda cervejeira e agora oferece inúmeros novos rótulos que aparecem a cada estação. Por isso, a melhor maneira de ficar por dentro do que vem surgindo de mais gostoso e surpreendente é frequentar feiras independentes focadas em novos produtores, que ocorremaos finais de semana, como a Junta Local, focada em alimentos orgânicos e produtores locais; a diversificada Carioquíssima;O Cluster, que mesmo focado em moda, sempre abre espaço para novos mestres-cervejeiros; os eventos na Antiga Fábrica da Behring e no bucólico Parque dos Patins, na Lagoa.

O surgimento de tantas oportunidades para experimentar as novas cervejas só confirmam que elas já ganharam o gosto e espaço no *lifestyle* carioca e parecem ter chegado para ficar por muitos verões.

Um dos rótulos que merece destaque é a Praya, uma witbier com toque cítrico, levemente amargo, resultado da mistura de limão siciliano e coentro na receita. Uma cerveja perfeita para acompanhar pratos frios, como o ceviche.

Outra campeã de público é a Jeffrey, que traz dois estilos pensados exatamente para agradar o paladar carioca: a red pilsen, que tem receita original com malte alemão vermelho e um fermento checo de mais de 500 anos de cultivo, e a simpática witbier Niña, versátil e refrescante, com raspas de limão siciliano na receita.

Além desses rótulos comercializados, a cervejaria já desenvolveu mais de 40 receitas e testes, tudo no próprio bar/laboratório que fica na Rua Tubira 8C, no Leblon, onde também funciona uma galeria de arte.
A Hocus Pocus ganhou espaço e abriu um bar próprio na rua Dezenove de Fevereiro, 186, em Botafogo. Vem testando os limites do que pode ser feito com cerveja, por isso não se acanhe eexperimente os quatro tipos disponíveis, em especial a hush, uma amber ale desenvolvida com o chef Rafa Costa e Silva do estrelado restaurante Lasai.

A lager Hija de Punta tem um romance digno de novela que conquistou muitos corações apaixonados por cerveja e que explica seu sabor único, resultado da fórmula com lúpulo australiano com toques de mel e grapefruit. Segundo sua história, o parrillero uruguaio Hector Estebán Gonzalo se apaixonou por uma australiana em Punta del Este que o abandonou, levando o enamorado Hector a eternizar o seu amor em forma de cerveja.
Independente da origem, proposta ou história, a verdade é que o cenário cervejeiro carioca vem surpreendendo a todos e ganhando cada vez mais adeptos, sejam eles apenas bons apreciadores, ou os futuros mestres-cervejeiros da cidade.

**Este post faz parte do especial do The Summer Hunter sobre o verão no Rio de Janeiro patrocinado pelaAir France.*




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