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Como a Libéria, um pequeno país do oeste da África, revolucionou a moda olímpica em Tóquio

Por
Adriana Setti

A mente fértil por trás do look da Libéria em Tóquio é Telfar Clemens, estilista liberiano radicado no Brooklyn, em NY, fundador da marca que leva seu nome.

Não é de hoje que os estilistas fazem das Olimpíadas uma grande passarela. Itália veste Armani, França vai de Lacoste, EUA ostenta Ralph Lauren e por aí vai. Grifes à parte, os outfits nunca fugiram muito de um padrão careta, no qual os agasalhos de sempre ganham, no máximo, um twist. Até que a Libéria chegou lacrando na abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio e conseguiu atrair todos os holofotes, mesmo com apenas quatro atletas competindo. Aqui, a gente explica como esse pequeno país da costa oeste da África conquistou a medalha de ouro em moda olímpica e o nome por trás dessa revolução estética.

Moda X esportes: um relacionamento sério

Não é de hoje que os designers fazem das Olimpíadas uma grande passarela. Itália veste Armani, França vai de Lacoste, EUA ostenta Ralph Lauren… Grifes à parte, os outfits nunca fugiram muito do padrão.

Como a Libéria, um pequeno país do oeste da África, revolucionou a moda olímpica em Tóquio

Lição de geografia

Com 5 milhões de habitantes, a Libéria fica no oeste da África e é um dos países mais pobres do mundo, com uma história marcada por guerras civis e golpes de Estado. Participa dos Jogos Olímpicos desde 1965, mas nunca ganhou medalha.

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Da Libéria para o Brooklyn

A mente fértil por trás do look da Libéria em Tóquio é Telfar Clemens, estilista liberiano radicado no Brooklyn, em Nova York, fundador da marca supercool que leva seu nome, a TELFAR (@telfarglobal). Fundada em 2004, a TELFAR é conhecida por suas peças unissex desconstruídas, e fala de diversidade e fluidez de gênero desde quando esses movimentos ainda não estavam na cartilha de marketing das marcas que se vendem como atuais.

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Objeto do desejo

Suas bolsas Bushwick Birkin estão no closet de Oprah Winfrey a Dua Lipa. Foi de olho numa delas, aliás, que o corredor Emmanuel Martadi teve a ideia de sugerir o nome de Telfar ao comitê olímpico da Libéria (@goteamliberia).

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Hora certa, lugar certo

Segundo o New York Times, Clemens recebeu o telefonema do comitê em meio à sua primeira viagem à Libéria desde que ele imigrou aos EUA, em 1990, durante a Guerra Civil, com seus pais e 4 irmãos. O estilista não apenas topou vestir a delegação, composta por 4 atletas, como também pagou toda a viagem do time. Em apenas 4 meses, Telfar criou 70 peças e conquistou a medalha de ouro no quesito estilo nas Olimpíadas de Tóquio.

Fotos: Jason Nocito (@jason_nocito_studio)