Ao que tudo indica, a gente vai viver cada vez mais. Mas o que é preciso fazer hoje pra chegar com saúde e bem-estar nessa fase da vida?
Nas últimas quatro décadas, a expectativa de vida dos brasileiros aumentou de 62,5 pra 77 anos. Essa seria uma ótima notícia se não fosse por um fator bem significativo: a qualidade de vida nem sempre consegue acompanhar esses anos a mais. E cada vez mais a ciência vem comprovando que, se a gente quer envelhecer bem, é melhor começar a se preparar desde cedo. Isso vale pra várias áreas: saúde física e mental, financeira, relações pessoais…
Segundo um estudo feito pelo Instituto Locomotiva, 57% dos brasileiros preferem ter qualidade de vida ao invés de viver muito. À medida que a idade avança, entre os 51 e 60 anos, a tendência é mais gente querer um futuro bem longo. Depois, o chip muda e a qualidade volta a ser mais valorizada que o tempo. Ou seja, os idosos querem, acima de tudo, viver bem.
No novo episódio do Desenrola, a gente foi às ruas entender como os mais velhos se prepararam e como os jovens vêm se planejando (ou não) pro envelhecimento. Também conversamos com a médica geriatra Mariana Lyra, com o mestrando em ciências do envelhecimento Edson Zenzo e com a escritora Isabel Dias.
“O ideal é ir plantando durante todas as fases da vida — infância, adolescência e idade adulta — pra poder colher na velhice. Mas, como isso na maioria das vezes não é a realidade, sempre é hora de mudar e adotar hábitos saudáveis.”
Mariana Lyra, médica geriatra, mestre pela Universidade Federal de Minas Gerais
“Sem dúvida, uma gestão financeira inadequada ao longo da vida pode resultar em uma velhice marcada por dificuldades e inseguranças. Isso demonstra a necessidade urgente de conscientização, educação e planejamento financeiro de forma mais robusta pra todas as pessoas, principalmente as mais jovens.”
Edson Moraes, mestrando em ciências do envelhecimento, consultor de estratégia e conselheiro empresarial do The Summer Hunter
“Foi uma questão de olhar no espelho e dizer: bom, estou velha, sozinha, mas é o que temos para hoje. O que faremos? Eu moro no 14º andar, tinha duas saídas: a janela ou a vida. Me descobri muito nessa autoestima, nesse brilho que havia deixado pra trás.”
Isabel Dias, escritora, autora do livro 32. Um homem para cada ano que passei com você
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