Uma reflexão sobre quem decidimos seguir na Internet — e por quê.
Críticas sempre chamam mais atenção. Quando alguém contesta a reputação dos influenciadores, essa opinião se espalha mais do que a de quem confia neles. Isso cria a impressão de que a maioria tem uma visão negativa dos “formadores de opinião da Internet”, mesmo que não seja o caso. Junto com a Flint, no post de hoje a gente discute: como escolher quem merece sua atenção?

De onde vem o viés da negatividade?
Nosso cérebro presta mais atenção ao que é negativo — um instinto evolutivo nos ensinou a identificar os perigos pra sobreviver. E isso também vale na Internet, amplificando as críticas em detrimento dos elogios, criando uma falsa sensação de que a maioria tem uma opinião negativa dos influenciadores. Mas os dados contam outra história.

Os brasileiros e os influenciadores
87% confiam em influenciadores
73% já compraram algo recomendado por um
Fonte: pesquisa da Rakuten Advertising (dez/2024)
Preconceito enraizado
Blogueiros eram “desocupados”, youtubers “não tinham profissão” e gamers eram “viciados em jogo”. Até atrizes já foram marginalizadas e jornalistas chamados de fofoqueiros. Toda profissão nova enfrenta resistência antes de ser levada a sério.


A influência está em tudo
O médico Drauzio Varella, o historiador Leandro Karnal, o filósofo Mario Cortella, Bernardinho, Anitta: todos são influenciadores hoje em dia. É você que precisa estabelecer os seus critérios sobre o que interessa, o que é confiável e o que não vale a pena.

“É só aparecer alguém se dizendo nutricionista e indicando uma dieta absurda que você vai seguir? […] Não dá pra ser assim. Principalmente agora, com a popularização da inteligência artificial e com o anúncio de que as grandes redes vão acabar com o sistema de checagem de fatos, você precisa saber discernir o que é verdade e o que é mentira, pesquisando sobre a fonte daquela informação.”
Drauzio Varella, médico oncologista e escritor, em vídeo do Portal Drauzio-Uol.

Critérios da influência
· Apresenta fontes confiáveis para as informações que compartilha na internet?
· Tem formação ou experiência relevante na área sobre a qual fala?
· Outros especialistas da área respeitam e interagem com ele?
· Faz publicidade ou promove produtos duvidosos?
· Já apareceu em veículos de mídia confiáveis?
Crédito imagem de abertura: jogo Cara a Cara