Vivemos o que alguns pesquisadores chamam de “a era do exagero”, em que tudo parece passar a mesma mensagem: devemos consumir sempre mais. Como sair dessa dinâmica?
Diariamente, somos bombardeados por anúncios e “trends” que nos incentivam a comprar algo novo. Mas o excesso não está apenas nos produtos: ele está na quantidade de informação que consumimos, nas toneladas de lixo que produzimos, na economia da atenção etc.
No livro Vida para consumo, o sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman afirma que, na sociedade atual, o consumo determina as nossas relações sociais e a nossa identidade. Em outras palavras, definimos quem somos e construímos as nossas narrativas através do que compramos.

No novo episódio do Desenrola, a gente reflete sobre o assunto, com a ajuda da consumer insight Carmela Moraes, do consultor de sustentabilidade André Carvalhal e da mentora e produtora de conteúdo sobre minimalismo Bel Albornoz, além de relatos das ruas.



“A Geração Z não tem dinheiro pra desopilar fazendo mochilão e vivendo experiências, como os Millennials fazem. O consumo foi a forma que eles encontraram de camuflar a ansiedade e a depressão e aguentar o dia. É como se fosse um remédio e, justamente por isso, vemos menos culpa no consumo.”
Carmela Moraes, designer estrategista e consumer insights
“Acredito que uma forma de estimular o consumo consciente é promovendo a reaproximação das pessoas com elas mesmas, com a natureza, com o meio ambiente e com ou outros. Talvez seja um caminho mais longo, mas é um caminho mais efetivo.”
André Carvalhal, escritor, palestrante e consultor de comportamento e sustentabilidade




“O minimalismo me fez prestar mais atenção nas coisas que fazem sentido pra mim […] Entender o que eu, Isabela, gosto, independente do que os outros ou a mídia falam, independente das propagandas que vejo.”
Bel Albornoz, mentora e produtora de conteúdo sobre minimalismo
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