Pesquisas no Brasil e no mundo mostram que os jovens estão conquistando o próprio CEP cada vez mais tarde — isso quando não optam por ficar na casa da família. Por quê?
Assim como começar a trabalhar, casar e ter filhos, ter um teto pra chamar de seu costumava ser um dos eventos simbólicos da entrada na vida adulta. Mas os tempos mudaram, e a independência ganhou novos significados. Pra além da questão financeira, quais motivos levam um número cada vez maior de pessoas a morar com os pais? Quais são as possíveis perdas e ganhos dessa tendência?
No último episódio da segunda temporada do Desenrola, a gente analisa essa tendência, com a ajuda do diretor de estratégia do estúdio criativo AKQA Casa e estudioso do assunto Cauê Martins, além de vários relatos das ruas.

· Em 2015, um em cada quatro brasileiros entre 25 e 34 anos morava com os pais. 60% eram homens.
· Entre 2012 e 2022, o número de brasileiros de 25 a 34 anos que moram com a família teve uma alta de 137%.
Fontes: IBGE e Kantar IBOPE Media

“Sou filha única. Meus pais não me dão trabalho, e eu também não dou trabalho pra eles. Não preciso arcar com algumas das contas do dia a dia e, com o dinheiro que sobra, consigo fazer coisas que gosto, como uma viagem longa todos os anos.”
Cíntia Mancini, produtora de 51 anos que mora com os pais

Geração canguru:
· Aluguéis caros e custo de vida elevado.
· Mais anos dedicados aos estudos.
· Maior número de filhos únicos.
· Preocupação com a saúde dos pais.
· Necessidade de um espaço acolhedor e confortável.

“A partir do momento em que esse novo comportamento começa a se normalizar, surge outro questionamento: existe uma idade limite pra ficar na casa dos pais? […] Isso vai interferir na formação desses indivíduos enquanto pessoas autônomas, como adultos bem-sucedidos?”
Cauê Martins, diretor de estratégia do estúdio criativo AKQA Casa e estudioso do assunto

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