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O verão no Brasil segundo Donavon Frankenreiter, que retorna ao país pra mais uma série de shows

Por
Laura Cesar
Em
6 janeiro, 2020
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O cantor e compositor americano toca em Porto Alegre, São Paulo, Recife, Fortaleza e Rio de Janeiro.

Quando chega o verão no Hemisfério Sul, mais precisamente no Brasil, o cantor e compositor norte-americano Donavon Frankenreiter, 47, faz suas trouxas e voa para o país. O périplo se repete há mais de uma década. Donavon vem pra surfar e, claro, fazer shows. “Pra começar o ano com boas energias”, me disse. Com o violão na mão e chapéu na cabeça, ele guia platéias emocionadas que cantam em uníssono hits como “Free” e “It Don’t Matter”. Neste 2020 o ritual segue inalterado, e o artista já está no país em nova turnê. Começou logo após o réveillon, no dia 3, em Florianópolis. Em seguida vem Porto Alegre (7), Curitiba (8), São Paulo (9), Recife (10), Fortaleza (11) e Rio de Janeiro (12).

“Eu venho ao Brasil há pelo menos quinze anos. A vibe é sempre muito especial e tem algumas das praias mais bonitas que já estive. Amo a comida e a paixão de vocês”, afirma. Não é à toa que volta e meia o cantor testa o português nas legendas do seu Instagram (@donavon_frankenreiter) e compartilha seu carinho em retratos espontâneos pelo país: “me sinto em casa.” São comuns fotos comendo tapioca, visitando loja de artesanatos em São Paulo, dançando “Garota de Ipanema” com a mulher e surfando em Santa Catarina.

Em 2018, suas andanças por aqui foram tema do documentário “Criado nas Ondas”, onde ele explora as principais points de surf de Floripa, como a Praia de Moçambique e a Praia do Santinho, ao lado do surfista local Zaka Kappel. O vídeo faz parte de uma campanha da Ford. Donavon tem uma conexão bem forte com o surf. Foi por causa do esporte que ele aprendeu a tocar violão, por volta dos 10 anos de idade. E é nas ondas que ainda hoje encontra inspiração pra compor suas músicas. “Eu estava numa surf trip e me deram um violão. Foi assim que comecei a tocar”, conta. 

A sua paixão por surfar em ondas brasileiras talvez só perca pras ondulações de San Clemente, em Orange County, Califórnia, onde cresceu e cultiva memórias afetivas; e pelo swell quase sempre perfeito do Havaí, arquipélago que escolheu viver ao lado de sua mulher, Petra Frankenreiter, e dos filhos Hendrix e Ozzy. Em Kauai, ilha onde residem, o casal comanda a marca de roupas e de artigos de decoração The Barn 808, inspirada no lifestyle boho chic e praiano deles.

Pra esse ano, as performances do artista prometem o mesmo grau de excitação, só que desta vez com um groove que virá da vitrola: Donavon e seu parceiro de longa data, o multi-instrumentista Matt Grundy, gravaram sons de baixo e bateria em discos de vinil e, ao vivo, acompanharão o som analógico com guitarra e violão, soando como uma banda. Os fãs brasileiros também irão escutar quatro novas faixas: “Them Blues”, “Is It You”, “Could Be One of Those Days” e “Listen To The Ocean”, esta última gravada em parceria com a cantora Céu. O duo formou-se por meio de um convite da cerveja Corona, que em parceria com a organização ambiental Parley for the Oceans lançou uma campanha de combate ao lixo plástico nos oceanos.

Apesar das novidades no palco, Donavon não tem metas ambiciosas para o ano que se inicia. Seu foco é viver o presente e “fazer ótimos shows com o novo conceito da turnê, se divertir e fazer o que sempre fazemos. E também voltar aos lugares que conhecemos e amamos”, conta. Em seu tempo livre, continuará fazendo moda, música e testando as manobras no mar. Nos próximos dias, não estranhe se encontrar Donavon turistando por aí, em uma praia, ateliê ou loja de vinis.

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