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Estamos tratando as pessoas como máquinas?

Por
Adriana Setti
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Estamos tão acostumados com a inteligência artificial fazendo o que pedimos em segundos, que esperamos o mesmo das pessoas.

Esqueceu o nome daquele ator? Google. Alexa, faça isso. Siri, faça aquilo. Estamos tão acostumados com a inteligência artificial nos atendendo de forma imediata que precisamos tomar cuidado pra não reduzir nossas relações do dia a dia a comandos robóticos.

Geração CTA

No trabalho, basta marcar um colega com um arroba em alguma plataforma de colaboração pra designar uma tarefa. Mesmo com a volta parcial ou total da rotina presencial, interagir por meio dessas ferramentas é um caminho sem volta.

Usar uma plataforma como Slack ou Microsoft Teams ao invés do e-mail pode representar a economia de até 90 minutos por dia. Esses são os dados de uma pesquisa executada pela Wakefield Research. Boa parte dessa cifra está vinculada ao tempo gasto pra monitorar sua caixa de entrada, classificar o lixo eletrônico e percorrer longas trocas de mensagem.

Mas o fato é que as plataformas de colaboração também eliminaram boa parte do calor humano elementar que, de certa forma, ainda existe em uma troca de e-mails e até mesmo no WhatsApp. Em muitos casos, a conversa se reduziu a “call to actions”.

Seu dentista não é a Siri

Estamos tão acostumados com a inteligência artificial fazendo o que pedimos em segundos, que esperamos o mesmo das pessoas.

É claro que existe um lado muito positivo em agilizar a comunicação e eliminar da agenda reuniões que não levam a nada. Mas você tem estado atento pra não tratar pessoas como trata uma inteligência artificial, tanto no escritório como na vida pessoal?

Papo de elevador

Por mais corrido que seja o nosso dia a dia, dedicar um tempinho a ser gentil e humanizar as relações pode tornar a vida mais leve. Tanto pra você como quem o cerca. Perguntar como uma pessoa está (e ouvir a resposta), puxar um papinho aleatório e dedicar um segundos aos velhos rituais de cortesia pode ter um impacto positivo na vida pessoal e no trabalho.

Essa small talk — conversinha que permeia as relações sociais —  é só o início. Afinal, com o tempo, ela pode criar um ambiente propício pra passar a tópicos mais sérios e profundos que requerem um maior grau de confiança entre os interlocutores.

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