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Daniel MAAR: mar no nome, na memória afetiva e nos traços de sua arte solar

Por
Rafaela Mercaldo
Em
9 março, 2020
Em parceria com

O designer e artista plástico busca beleza nas simbologias simples, mas que navegam nas águas profundas da imaginação.

Peixes, baleias, marujos, um sol se pondo no mar. Os simpáticos personagens do universo de Daniel MAAR (@maar_galeria) se conectam com seu passado e sua família. Surfe com o irmão mais velho, as brincadeiras lúdicas motivadas pela mãe, o incentivo de seu talento pela tia. Marcenaria, gravura, pintura… o designer e artista plástico busca beleza nas simbologias simples, mas que navegam nas águas profundas da imaginação. 

Quem é Daniel?

Artista plástico, fundador e diretor criativo do estúdio Elefante Project. Apaixonado por design gráfico e de produto, arquitetura, moda, marcenaria.

Quando se deu conta que tinha veia criativa? 

Acredito que todos nascemos criativos, só precisamos de um ambiente estimulante. E comigo foi assim. Morei em muitas cidades, muitas casas, tive oportunidade de brincar na rua, subir em árvores e telhados, minha mãe comprava sobras de madeira e nos dava ferramentas para construir nossos brinquedos (tenho um irmão um ano mais velho), comprava argila.

Quais foram seus primeiros contatos com os desenhos e a ilustração?

Eu cresci em Niterói, no Rio de Janeiro, mas aos 6 anos de idade mudamos para Atibaia, no interior de São Paulo, por cerca de um ano. Na época, minha mãe e minha tia montaram uma empresa de decorações para festas infantis. Eu estava sempre pelo atelier assistindo às duas desenharem e achando o máximo. Passei a tentar reproduzir desenhos e ilustrações de revistas em quadrinhos. Um dia, minha tia viu uma das reproduções e me perguntou como eu havia feito. Quando lhe disse que fora à mão livre, ela se surpreendeu. Me pediu para reproduzir o desenho de um coelho em maior escala, e ele acabou indo parar na parede de uma das festas que elas produziam.

Daniel MAAR

Como define seu estilo?

Não sei até que ponto meu estilo está definido, ainda o vejo como algo em constante transformação. Mas há características sempre presentes, como as cores sóbrias, o minimalismo, as composições fluidas com uso cuidadoso do espaço e do vazio.

Você costuma ter um tema principal ou recorrente? 

Eu tenho explorado nos meus desenhos e pinturas o fascínio pelo mar, pelas estrelas. Influência da minha infância passada na praia e adolescência surfando com meu irmão.

Quem você gosta de citar como referências?

O espanhol Javier Mariscal, que desenha móveis, dirige curta-metragens, é ilustrador e designer. Gosto dessa ideia de navegar por diversas áreas. Também as americanas Paula Scher, designer e artista plástica; e Jessica Walsh, designer. E o alemão Eike König, um designer, professor e artista plástico.

Conta um pouco para gente sobre o trabalho escolhido para circular na plataforma da LIVO?

O mar é um tema recorrente no meu trabalho. Esse escolhido para a colaboração é bem contemplativo, remete ao nascer do sol refletindo na água do mar e convidando à contemplação. Ele passa paz, tranquilidade. O mar para mim é também um refúgio, como voltar para casa. Em termos de técnica, estou em uma fase de explorar bastante a fluidez das manchas de tintas, de ter menos controle sobre o resultado final. Essa obra traz um pouco desse exercício.


Aos Inquietos

A LIVO acredita no poder das conexões. Que boas ideias são transformadoras. E que o mundo é colaborativo. Por isso, criou o canal "Aos Inquietos", junto com o The Summer Hunter, para contar quem são os criativos que estão circulando arte sob um novo ponto de vista. Onde? Nas flanelas que acompanham todos os óculos da LIVO é possível ver os trabalhos de gente criativa e inquieta. Gente de talento e visão. Vem ver. Leia todos os posts aqui.
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