Miniguias

Diamantina: a 260 km de Belo Horizonte, abriga um poético festival de serestas

Por
Adriana Setti
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A 290 km de Belo Horizonte, o charme discreto da cidade histórica mineira que abriga um dos festivais mais singulares do país.

Discreta e graciosa, Diamantina tem um centro histórico recheado de belas igrejas dos séculos 18 e 19, casarões coloniais bem cuidados e boas surpresas naturais no Parque Estadual Biribiri, parte da Serra da Espinhaço. Mas o que a distingue de outros destinos mineiros é a Vesperata, um poético festival de serestas que movimenta a cidade 16 dias ao ano, entre abril e outubro.

Diamantina: a 260 km de Belo Horizonte, abriga um poético festival de serestas
Foto: Leandro Neumann / wikki commons
Diamantina: a 260 km de Belo Horizonte, abriga um poético festival de serestas
Casa de Glória | Foto: Victor Athaide / unsplash

ESPORTES

mountain bike / trekking

NATUREZA

cachoeira / serra

ROLÊS

museu / bar / vida cultural

BOM PRA

mergulho na história / gastronomia

MELHOR ÉPOCA

abril a setembro

Vesperata: modo de usar

Diamantina: a 260 km de Belo Horizonte, abriga um poético festival de serestas
Foto: Prefeitura de Diamantina

As sacadas dos casarões históricos da Rua da Quitanda e outros espaços servem de palco pra músicos que, regidos por maestros, interpretam canções nostálgicas. Dá pra reservar mesas (pelo SYMPLA ou pelo WhatsApp 38/98822-3623), ou achar um cantinho na calçada. Em julho, as datas são 5 e 12. Em agosto, 2, 16 e 30.

Centro histórico

Flanar pelas ruas de pedra é a maior delícia de Diamantina. Tendo a Catedral Metropolitana como ponto de partida, passe pelo lindo Passadiço da Glória (uma “ponte” que liga dois casarões). Entre as igrejas mais notáveis estão a de Nossa Senhora do Carmo (não perca os concertos com o órgão histórico), a de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e a de Nossa Senhora do Amparo.

Diamantina: a 260 km de Belo Horizonte, abriga um poético festival de serestas
Foto: Valentim / wikki commons
Diamantina: a 260 km de Belo Horizonte, abriga um poético festival de serestas
Igreja de Nossa Senhoa do Amparo | Foto: Under the same moon / wikki commons

Casa de Chica da Silva — Ex-escravizada que virou figura influente, Chica da Silva viveu neste casarão do século 18 no qual, hoje em dia, funciona um museu sobre sua vida.

Museu do Diamante — Instalado temporariamente na Casa de Chica da Silva, guarda objetos, documentos e relíquias que narram o ciclo do diamante e a formação de Diamantina.

Diamantina: a 260 km de Belo Horizonte, abriga um poético festival de serestas
Foto: Victor Athaide / unsplash
Diamantina: a 260 km de Belo Horizonte, abriga um poético festival de serestas
Foto: Reziere Degobi | Casa de Juscelino

Casa de Juscelino — Na casa onde o presidente Juscelino Kubitschek passou a infância e a adolescência, é possível visitar o acervo sobre sua trajetória.

Caminho dos Escravos — Fora do centro, a rota usada pra escoar diamantes, cujo calçamento de pedras foi feito por pessoas escravizadas no século 18, rende uma boa caminhada atravessando paisagens serranas.

Diamantina: a 260 km de Belo Horizonte, abriga um poético festival de serestas
Caminho dos Escravos | Foto: Gfar / wikki commons

Biribiri: parque e vila

Na Serra do Espinhaço, a cerca de 20 minutos do centro de Diamantina, esse parque estadual proporciona um ótimo refresco em cachoeiras como a da Sentinela e a dos Cristais. O programa fica perfeito com parada pra almoço na fofíssima vila homônima, que já serviu de moradia aos trabalhadores de uma fábrica de tecidos.

Diamantina: a 260 km de Belo Horizonte, abriga um poético festival de serestas
Foto: Jarbas Todeschini / wikki commons
Diamantina: a 260 km de Belo Horizonte, abriga um poético festival de serestas
Foto: Under the same moon / wikki commons

Onde comer e beber

Diamantina: a 260 km de Belo Horizonte, abriga um poético festival de serestas
Apocalipse

Apocalipse — É se fartar de comida mineira que você quer? Em um salão que revela bonitas vistas de janelões, é servido um bufê caprichado, com múltiplas opções de saladas, pratos e doces.

Mercado Velho — Erguido no século 19, recebe uma feira aos sábados, que tem comida mineira, música, artesanato e outros produtos típicos.

Catedral Pub — Um porto seguro pra degustar cervejas artesanais. Pra forrar o estômago, há hambúrgueres, petiscos e receitas alemãs.

Relicário — Pilotado pela chef Rachel Palhares em um espaço decorado com antiguidades, serve pratos como o medalhão de filet mignon ao vinho tinto com farofa supercrocante e “espaguete” de cenoura na manteiga.

Livraria Espaço B — Pausa pra um doce ou uma comidinha leve na livraria mais bacana da cidade.

Onde ficar

Diamantina: a 260 km de Belo Horizonte, abriga um poético festival de serestas
Relíquias do Tempo

Pouso da Chica — Instalada em casarões dos séculos 18 e 19 no centro histórico, tem quartos aconchegantes com pé direito alto, ar-condicionado e frigobar. Os especiais têm sauna ou hidromassagem.

Relíquias do Tempo — O casarão do século 19 recheado com móveis antigos e artesanato do Vale do Jequitinhonha tem cozinha de fogão à lenha, biblioteca, capela, sauna, piscina e estacionamento.

Vila do Imperador — No centro histórico, aloja em quartos amplos e básicos, com ventilador e frigobar.

Hotel Tijuco — Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1956, esse hotel old school tem 25 quartos com frigobar e ventilador. Alguns deles contam com varanda.

Pousada do Garimpo — A cinco minutos do centro histórico, tem quartos básicos, com ar-condicionado e frigobar. Na área comum, há piscina, restaurante, jardim e sauna.

Crédito da imagem de abertura: Jarbas Todeschini / wikki commons