A 290 km de Belo Horizonte, o charme discreto da cidade histórica mineira que abriga um dos festivais mais singulares do país.
Discreta e graciosa, Diamantina tem um centro histórico recheado de belas igrejas dos séculos 18 e 19, casarões coloniais bem cuidados e boas surpresas naturais no Parque Estadual Biribiri, parte da Serra da Espinhaço. Mas o que a distingue de outros destinos mineiros é a Vesperata, um poético festival de serestas que movimenta a cidade 16 dias ao ano, entre abril e outubro.


ESPORTES
mountain bike / trekking
NATUREZA
cachoeira / serra
ROLÊS
museu / bar / vida cultural
BOM PRA
mergulho na história / gastronomia
MELHOR ÉPOCA
abril a setembro
Vesperata: modo de usar

As sacadas dos casarões históricos da Rua da Quitanda e outros espaços servem de palco pra músicos que, regidos por maestros, interpretam canções nostálgicas. Dá pra reservar mesas (pelo SYMPLA ou pelo WhatsApp 38/98822-3623), ou achar um cantinho na calçada. Em julho, as datas são 5 e 12. Em agosto, 2, 16 e 30.
Centro histórico
Flanar pelas ruas de pedra é a maior delícia de Diamantina. Tendo a Catedral Metropolitana como ponto de partida, passe pelo lindo Passadiço da Glória (uma “ponte” que liga dois casarões). Entre as igrejas mais notáveis estão a de Nossa Senhora do Carmo (não perca os concertos com o órgão histórico), a de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e a de Nossa Senhora do Amparo.


Casa de Chica da Silva — Ex-escravizada que virou figura influente, Chica da Silva viveu neste casarão do século 18 no qual, hoje em dia, funciona um museu sobre sua vida.
Museu do Diamante — Instalado temporariamente na Casa de Chica da Silva, guarda objetos, documentos e relíquias que narram o ciclo do diamante e a formação de Diamantina.


Casa de Juscelino — Na casa onde o presidente Juscelino Kubitschek passou a infância e a adolescência, é possível visitar o acervo sobre sua trajetória.
Caminho dos Escravos — Fora do centro, a rota usada pra escoar diamantes, cujo calçamento de pedras foi feito por pessoas escravizadas no século 18, rende uma boa caminhada atravessando paisagens serranas.

Biribiri: parque e vila
Na Serra do Espinhaço, a cerca de 20 minutos do centro de Diamantina, esse parque estadual proporciona um ótimo refresco em cachoeiras como a da Sentinela e a dos Cristais. O programa fica perfeito com parada pra almoço na fofíssima vila homônima, que já serviu de moradia aos trabalhadores de uma fábrica de tecidos.


Onde comer e beber

Apocalipse — É se fartar de comida mineira que você quer? Em um salão que revela bonitas vistas de janelões, é servido um bufê caprichado, com múltiplas opções de saladas, pratos e doces.
Mercado Velho — Erguido no século 19, recebe uma feira aos sábados, que tem comida mineira, música, artesanato e outros produtos típicos.
Catedral Pub — Um porto seguro pra degustar cervejas artesanais. Pra forrar o estômago, há hambúrgueres, petiscos e receitas alemãs.
Relicário — Pilotado pela chef Rachel Palhares em um espaço decorado com antiguidades, serve pratos como o medalhão de filet mignon ao vinho tinto com farofa supercrocante e “espaguete” de cenoura na manteiga.
Livraria Espaço B — Pausa pra um doce ou uma comidinha leve na livraria mais bacana da cidade.
Onde ficar

Pouso da Chica — Instalada em casarões dos séculos 18 e 19 no centro histórico, tem quartos aconchegantes com pé direito alto, ar-condicionado e frigobar. Os especiais têm sauna ou hidromassagem.
Relíquias do Tempo — O casarão do século 19 recheado com móveis antigos e artesanato do Vale do Jequitinhonha tem cozinha de fogão à lenha, biblioteca, capela, sauna, piscina e estacionamento.
Vila do Imperador — No centro histórico, aloja em quartos amplos e básicos, com ventilador e frigobar.
Hotel Tijuco — Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1956, esse hotel old school tem 25 quartos com frigobar e ventilador. Alguns deles contam com varanda.
Pousada do Garimpo — A cinco minutos do centro histórico, tem quartos básicos, com ar-condicionado e frigobar. Na área comum, há piscina, restaurante, jardim e sauna.
Crédito da imagem de abertura: Jarbas Todeschini / wikki commons