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Moda sustentável: a estilista que transforma lixo em roupa e já vestiu de Björk a Lady Gaga

Por
Claudia Nascimento
Em
31 agosto, 2015

A blusa em papel rosa-fúcsia que Björk usou durante a entrega do Polar Prize em 2010, em Estocolmo, tinha duas palavras na etiqueta: Bea Szenfeld.

Fotos: divulgação

É o mesmo nome e sobrenome que, no ano passado, vestiu Lady Gaga no clipe “G.U.Y.”.

Ainda que os dois exemplos representem minúscula parcela das fantásticas criações de Bea, são importantes para ilustrar o quão grande é nome dessa polonesa que se mudou para a Suécia aos 10 anos de idade.

Seu reconhecimento veio antes mesmo disso: foi em 2003, quando participou do programa de TV Fashion House e recebeu a oportunidade de estagiar com a estilista Stella McCartney, em Londres.

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Bea, 42 anos, testa materiais e expande os horizontes com modelos inutilizáveis e extremamente artísticos. Sua mais nova coleção, Sur la Plage, feita manualmente apenas com papel reciclado, se encaixa nesse quesito e é a continuação da coleção anterior, Paper Dolls, com formas inusitadas, perfeccionismo impecável e muito volume.

Nas coleções vintage, Bea usa apenas tecidos velhos e roupas compradas em brechós pra criar peças únicas. A reciclagem é tema recorrente em suas coleções.

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Tudo o que ela cria é pautado na sustentabilidade. Deve ser algo que traz do berço. Afinal, a Suécia é o país mais sustentável do mundo. Isso se aplica a tudo o que os suecos fazem: moda, comida, arquitetura, transporte.

Nesse verão, se seus planos incluírem as praias do sul (fazer uma viagem de carro, a partir de Estocolmo ou Gotemburgo, até lá é um passeio e tanto) e o programa puder ser combinado com uma visita ao museu, vá à cidade de Helsinborg e não deixe de passar pela Dunkers Kulturhus. Pela primeira vez, um número grande de criações de Bea Szenfeld estarão reunidos na exposição Art Couture – Na cabeça de Bea Szenfeld, até 30 de agosto.

No StockholmPride deste ano, que ocorreu entre os dias 31 de julho e 4 de agosto, em Estocolmo, Bea, que também ataca de DJ, foi a escolhida para fazer a chamada dogtag da Pride: um gift adquirido na compra dos bilhetes para as áreas pagas do festival.

A dogtag idealizada por Bea é um colar com um pingente dourado que, ao ser aberto, dispõe de três mensagens de energia e positividade.

O welfare state sueco, veja só, também chegou no mundo da moda.

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