Em um mundo onde os likes, seguidores e engajamento se tornaram algo tão importante, nosso maior objetivo de vida virou esse? ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏
É bem provável que você esbarre diariamente nas redes sociais com conteúdos que geram um incômodo quase instantâneo, e provocam perguntas do tipo “Como essa pessoa teve a coragem de postar algo tão sem noção?” ou “Pra quê publicar isso?”. De influencer dançando no leito da mãe na UTI àquela publicidade sem nexo, a resposta é a mesma: ganhar likes, seguidores e engajamento.
Foi-se o tempo em que as redes eram usadas para relações pessoais e profissionais, e que o conteúdo era produzido pensando em sua relevância. Hoje, elas parecem existir com o único objetivo de atingir o máximo de pessoas possível. Nas últimas semanas, a Float Vibes tem publicado uma série de posts falando sobre o viralismo. Basicamente, o termo define a obsessão que existe atualmente em viralizar — e monetizar — em cima de tudo que é postado na internet, e como o mérito pessoal está ligado diretamente ao número de seguidores.
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Viralizar não é algo ruim. Na verdade, muita gente legal que tem destaque hoje deve isso à internet. O problema é o mundo do “engajamento a qualquer custo, a qualquer hora” que foi se criando. Nele, palavras como relevância e engajamento são sinônimos, e os valores humanos — ao pé da letra — acabam sendo deixados de lado. Por que dar destaque às pautas sociais se falar sobre a pegação que rolou no BBB é o que dá cliques? Pra que fazer um conteúdo aprofundado sobre algum assunto, se uma trend de dancinha traz muito mais engajamento?
É como se todo dia você tivesse várias chances de viralizar. E é por isso que você posta sobre tudo que está acontecendo na sua vida ou dá opinião sobre todos os assuntos que estão rolando no momento. E assim todo mundo, mesmo sem perceber, trabalha — e basicamente vive — para as redes sociais.
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Afinal, por que é tão bom viralizar?
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Várias pesquisas estão sendo feitas para entender o que essa fama repentina da viralização causa no cérebro. Segunda a psicoterapeuta Courtney Tracy, especialista em vícios e com 1.8M de seguidores no Tik Tok (!) sob a alcunha de The Truth Doctor, quando recebemos algum tipo de reconhecimento nas redes sociais, uma via de dopamina é ativada em nosso cérebro. "A dopamina é uma das substâncias químicas do bem-estar que nos motiva a continuar fazendo o que nos trouxe a dopamina”, diz Courtney em artigo para o Mashable. “Assim, o que antes era evolutivamente projetado para nos ajudar a comer e dormir bem, foi sequestrado pelas mídias sociais para nos manter nas plataformas o maior tempo possível.”
Além disso, viralizar nada mais é do que fazer com que várias pessoas prestem atenção no que você está dizendo ou fazendo. E, no mundo de hoje, esse é um bem escasso. Esse sentimento de aprovação e validação social também faz com que o desejo de bombar nas redes fique cada vez mais forte.
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Mas não é só pelas doses de dopamina e atenção que muita gente quer viralizar. Está faltando um fator beeem atrativo nessa conta: o dinheiro. São inúmeros os “influenciadores digitais” que bombaram nas redes sociais e hoje ganham milhares e até milhões de reais produzindo conteúdos unicamente sobre suas vidas pessoais. Eles provam que TUDO pode ser monetizado — você talvez só precise abrir mão de alguns princípios.
Podemos observar esse fenômeno pelas gravidezes dos famosos. A cada anúncio de gestação a famosa #publi do teste de gravidez. Além disso, não é incomum perfis de Instagram de bebês que sequer nasceram e já contarem com milhares de seguidores e conteúdos publicitários com marcas enormes. É como se não fosse mais possível viver nenhuma fase ou experiência sem tentar ganhar likes e grana em cima disso.
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Nos últimos dias, a cantora Anitta estava concorrendo ao Grammy na categoria Artista Revelação, mas perdeu para a cantora de jazz norte-americana Samara Joy. Os fãs da brasileira acharam o resultado injusto, e uma das justificativas mais usadas foi a de que Samara tem “poucos” seguidores nas redes sociais — principalmente se comparada à Anitta. Mas a questão é: um cantor precisa ter seguidores para ganhar um prêmio de música?
Aparentemente, no mundo de hoje, sim. E essa mentalidade não vale só em profissões consideradas públicas. No último ano, a copywriter Bettina — que ficou famosa por conta de um anúncio em que falava que transformou mil reais em um milhão apenas com investimentos — disse que escolhia médicos a partir de seus perfis no Instagram. E pela quantidade de profissionais fazendo trends e vídeos engraçados com o objetivo de viralizar, ela não é a única. É como se, para ser bem-sucedido na sua carreira hoje, você precisasse ter uma rede social bombada.
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Todo mundo, em diferentes níveis, já está imerso na cultura do viralismo. É muito difícil estar nas redes sociais e não contribuir de alguma forma para a viralização de conteúdos apelativos, que buscam apenas likes, ou não fazer parte dessa roda viciante de produção de conteúdo. Mas isso não é um impeditivo para tentar deixar a sua relação com as redes sociais — que é sim uma ferramenta que tem vários pontos positivos e um super potencial de mudança — mais leve.
Não precisa fazer o conhecido “detox digital”. Sair um pouco do automático ao rolar o feed e questionar os conteúdos que você está consumindo e o que você está dando atenção pode ser o primeiro passo pra esse relacionamento saudável. Produzir conteúdos mais originais, ficar de fora daquela trend que no fundo você sabe que é meio sem sentido e postar algo só porque você curtiu e não pensando no número de likes que irá receber também ajuda a deixar a produtividade louca das redes sociais de lado e ouvir seu próprio ritmo. Bora?
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Como você cuida do seu corpo?
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É o tal negócio: você cuida da sua pele e do seu cabelo com dedicação, se preocupa com sua saúde mental, sua alimentação... E a higiene íntima? A nova linha do Boticário, Cuide-se Bem Cereja Livre, veio para ajudar a desmistificar o que pode e o que não pode lá embaixo. Para esclarecer, trocamos uma ideia com a ginecologista Dra. Larissa Cassiano. Como deve ser iniciada a descoberta do autoconhecimento da vulva? As pessoas com vulva sempre cresceram ouvindo que seus genitais são “mais sensíveis ou frágeis” quando, na verdade, são órgãos extremamente fortes e potentes capazes de conceber e se transformar ao longo do ciclo. Como manter a saúde da região íntima em dia? Banho, principalmente em dias quentes, evitar roupas úmidas por muito tempo, trocar absorvente, calcinha absorvente ou esvaziar e higienizar o coletor sempre que necessário. Fazer xixi após a relação sexual, não introduzir produtos ou lavar a vagina e evitar produtos como talco que pode abafar e irritar.
Como diferenciar o odor natural de algo que possa caracterizar infecções? Sempre que houver um odor fora do padrão é importante buscar ajuda e avaliar se existe um risco de infecção. Geralmente as infecções são cíclicas e persistentes. Já os odores normais podem mudar durante o ciclo, não causam desconforto e não estão associados a corrimento.
Qual é a sua recomendação para o uso de produtos íntimos? Produtos hipoalergênicos, com componentes que tenham maior número possível de elementos naturais e aromatizantes suaves, pois os muito intensos podem irritar ou causar alergia. Os produtos devem ser utilizados apenas nos genitais externos, nunca dentro da vagina.
Por que tantas mulheres ainda não sabem diferenciar as partes da região íntima, como vulva e vagina?
Essa dúvida vem desde a escola com a falta de educação sexual, sem que nessas aulas a vulva e a vagina sejam bem diferenciadas. De forma resumida, é possível pensar que vagina é um órgão interno, já a vulva é um órgão genital externo que conseguimos ver facilmente.
Atenção: os produtos da linha Cuide-se Bem Cereja Livre, do Boticário, tem 96% de ingredientes naturais específicos pra higienizar e hidratar sem agredir a virilha e sem alterar o PH da região íntima, são 100% veganos e não testados em animais e não devem ser usados na parte interna da vulva. Toda linha foi testada e aprovada em pesquisas.
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