A Gen Z está começando a dar as costas para as grandes plataformas de mídias sociais. ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏
Basta olhar ao redor pra notar que todo mundo continua em um relacionamento sério com a tela do celular – especialmente os jovens. Segundo dados da Morning Consult, 54% da Gen Z passa mais de 8 horas por dia on-line — muitas vezes em mais de uma tela. Mas algo vem mudando nesse comportamento: a redução do tempo gasto com as redes sociais. Pra quem pegou o início das redes sociais – alô galera do My Space, MSN, Orkut e Habbo – e logo depois seu auge, com Facebook, Instagram, Twitter e outras tantas que ainda estão ao nosso redor, essa realidade pode parecer loucura. Mas dados da Pew Research Center mostram que pessoas entre 19 e 25 anos de idade representam a única faixa etária que tem reduzido o uso dos aplicativos de mídia social, exceto TikTok. Mas, afinal, o que está por trás desse movimento?
|
|
Semana passada, o Dazed Studio publicou o relatório “The Future of Social Media” que, além de reunir dados super interessantes sobre o assunto, com base em entrevistas com mais de 600 jovens de 18 a 24 anos de vários lugares do mundo, reflete sobre esse turning point que estamos vivendo.
Segundo o estudo, um dos principais motivos pro declínio das redes sociais entre a Gen Z é uma postura mais crítica sobre como as grandes plataformas estão explorando os dados de seus usuários, um assunto que foi sendo cada vez mais discutido na última década. Também entram nessa equação os questionamentos sobre a integridade e a solidez das grandes empresas de tecnologia e como contribuem pra gerar polarização e instabilidade política.
|
|
Outro ponto comprovado pelo relatório é que, em um cenário pós-pandêmico, a Gen Z tem priorizado as conexões físicas de qualidade. Esse maior contato cara a cara também leva os jovens a refletirem um pouco mais sobre o intuito de passar tanto tempo nas redes sociais e o impacto de todo esse scroll na saúde mental. Afinal, pesquisas já mostraram que o uso excessivo das redes sociais pode trazer problemas de produtividade, depressão e vício. “Quase 20 anos depois, as mídias sociais não cumpriram as promessas que fizeram a nós. Eles nos disseram que eram sobre amizade e conexão, descoberta e ultimamente, entretenimento. Mas as pessoas são mais solitárias, mais desconectadas e os algoritmos mostram que estamos presos em câmaras de eco de conteúdo”, diz Gabrielle Kaegler, consultora de marca que contribui para o estudo. Quando ocupa as redes sociais mais clássicas, como o Instagram, a Gen Z ainda tenta fazer de tudo pra se distanciar dos outros usuários e ter autenticidade. Os photo dumps, as ugly selfies e até o orgulho de ser “low profile” são alguns exemplos.
|
|
A perda de poder dos influencers
|
|
Um dos ícones principais da era de ouro das redes sociais também está em decadência: segundo uma pesquisa da Trustpilot, dois terços dos consumidores dizem que o seu nível de confiança nos influencers é baixo. Mas tem gente tentando reverter isso de várias formas. Um dos exemplos é a #deinfluencing, que nos últimos meses viralizou no TikTok, e conta hoje com mais de 300 milhões de postagens. Presente com mais força nos ramos de beleza, moda e livros, a # é usada principalmente em vídeos com análises sinceronas, dizendo com o que você NÃO deve gastar o seu dinheiro. Alguns perfis usam a hashtag pra falar sobre consumo excessivo x consumo consciente, slow fashion, entre outros assuntos importantes. No entanto, muitos “desinfluerncers” – como o termo é usado no Brasil – aproveitam o hype pra provar que não se vendem a qualquer marca e, assim, ganhar novamente a tão sonhada confiança dos seguidores. Pra uma parte dos jovens, a falta de confiança vai além dos influencers e se estende a toda forma de publicidade relacionada com as redes sociais. “Com essa crescente desconfiança contra os criadores, provavelmente veremos uma mudança em direção a plataformas nas quais você não é obrigado a ser o rosto do seu conteúdo, mas isso parece improvável no TikTok no momento”, diz Hatti Rex, líder de mídias sociais na Dazed.
|
|
Segundo o relatório, as redes mais usadas pela Gen Z são as de vídeo, como o YouTube, TikTok e o Instagram. Quando perguntados sobre por que usam essas ferramentas, as respostas são múltiplas: pra ficar por dentro de tudo e não sofrer com o Fomo; pra pesquisar (segundo a Morning Consult, o TikTok se tornou o Google da Gen Z); pra ganhar dinheiro; pra inspiração e, por fim, se conectar com os outros. Alguns jovens ainda fazem parte do Anti-Social Media Movement e, além de não terem perfis nas redes sociais, estão trocando seus smartphones pelos antigos conhecidos celulares analógicos, sem conexão com a internet, pra se comunicar apenas quando necessário. Com base em todas essas informações e com as plataformas sociais com recursos cada vez mais parecidos, o futuro da interação na Internet aponta ao retorno do poder às pessoas por meio de aplicativos descentralizados e o controle sobre quem pode acessar ou lucrar com dados pessoais. Em alta, as redes menores e nichadas se apresentam como alternativas mais íntimas, desenvolvendo confiança por meio do acesso direto a pessoas reais. “A Geração Z está buscando um envolvimento mais lento e consciente com as informações. O conteúdo mais longo e de alta qualidade com o qual vale a pena gastar tempo está ganhando espaço com esse grupo, aumentando a popularidade de formatos como blogs e ensaios em vídeo. Até as plataformas de formato curto já estão expandindo as funcionalidades para acomodar conteúdo de formato mais longo”, anuncia o estudo.
|
|
Coleção MicroAventuras: um simples rolê pode ser uma viagem
|
|
Um simples rolê pode ser uma viagem para quem enxerga a vida de forma solar: não precisa ir longe, basta encontrar o seu jeito de escapar do óbvio e arejar a rotina. Pra que o estado de espírito do verão nos acompanhe nessas pequenas fugas, nos unimos à Allcatrazes — label gaúcha focada no desenvolvimento de produtos funcionais e duráveis feitos no Brasil — na collab Micro Aventuras. Supercolorida e funcional, a coleção foi feita sob medida pra quem vive em movimento e entende a importância de se conectar com a natureza. Tem mochila que também é uma tote, pochete, minibag (foto), shoulder bag e bucket hat. Saiba mais no botão abaixo.
|
|
|