Entenda o momento atual da plataforma que, apesar das problemáticas, nunca sai de moda. ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏
Criado em 2006 por Jack Dorsey, Evan Williams, Biz Stone e Noah Glass, o Twitter surgiu como uma rede simples, que se baseava em responder, textualmente, uma pergunta central: “O que você está fazendo?” — que, algum tempo depois, foi atualizado para “O que está acontecendo?”. A plataforma cresceu, ganhou milhões de usuários, e parecia estar firme e forte até pouco, diferente do seu contemporâneo Facebook. No entanto, nos últimos meses, esse cenário começou a mudar. Além de questões que faziam com que muita gente já considerasse o Twitter uma das redes sociais mais tóxicas, os caprichos do seu novo dono levaram a rede ao centro das atenções — mas não de uma forma positiva.
|
|
Desde que comprou o Twitter pela bagatela de 44 milhões de dólares, seis meses atrás, Elon Musk toma uma decisão polêmica atrás da outra. A mais recente foi a de que o selo verificado — forma de saber que um perfil é oficial — estaria disponível apenas pra quem fosse "Usuário Blue”, ou seja, pessoas que pagassem uma mensalidade à plataforma. No entanto, em menos de um dia, o bilionário voltou atrás e devolveu o verificado a quem já tinha o selo e possuía mais de 1 milhão de seguidores. Essa e outras atitudes fazem parecer que Musk está “brincando” de controlar o Twitter, indo e voltando atrás sem pensar na credibilidade da rede. Outras são mais sérias, como o banimento de jornalistas que fizeram matérias questionando suas decisões e a demissão de quase metade dos funcionários da empresa. Muitas das pessoas mandadas embora, inclusive, trabalhavam pra que o algoritmo do Twitter não demonstrasse tendências racistas, fato descoberto há alguns anos. “Sob a liderança de Musk, o Twitter derrubou barreiras de forma imprudente, como reduzir drasticamente as equipes dedicadas à segurança e responsabilidade interna e abrir aleatoriamente seu sistema de verificação pra qualquer pessoa disposta a pagar uma taxa (enquanto remove a parte real de verificação de identidade no processo). As principais decisões que afetam a experiência do usuário são tomadas sem uma justificativa clara”, diz uma matéria do The Atlantic.
|
|
No entanto, não dá pra colocar todos os problemas da rede social nas costas do novo dono. Em um estudo feito pela empresa de comunicação SimpleTexting em 2022, o Twitter foi eleito a rede social mais tóxica da Internet. Entre os fatores levados em consideração na pesquisa, estavam circulação de discurso de ódio, desinformação e cyberbullying. Quem usa o Twitter frequentemente, consegue adicionar a essa lista outros vários motivos: problematização excessiva, o direito que todo mundo sente ter de criticar o outro, discurso de ódio rolando solto, linchamentos virtuais, polarização que aumenta a cada reply, um verdadeiro exército de bots… Por essas e outras, tem muita gente deixando suas contas privadas ou saindo de vez da rede social em nome da saúde mental. Professor de sociologia da Duke University, Chris Bail argumenta que o Twitter é um “prisma” que distorce tanto a representação da realidade que você vê através dele quanto seus próprios esforços pra mostrar quem você é para o mundo. “O Twitter explora o desejo humano de apresentar diferentes versões de nós mesmos, observar o que as outras pessoas pensam delas e revisar nossas identidades de acordo com esse feedback”, disse ao New York Times.
|
|
Nos últimos meses, vimos ocorrer pelo país vários ataques e ameaças a escolas. E as redes sociais são o principal ambiente onde os jovens têm contato com essas ideias e se organizam em comunidades. Segundo reportagem do Intercept Brasil, o adolescente responsável pelo primeiro ataque deste ano, por exemplo, adotou em seu perfil no Twitter o mesmo sobrenome do autor do massacre de Suzano pra homenageá-lo. Buscando evitar novas tragédias, Flávio Dino, Ministro da Justiça, pediu a remoção de conteúdos que anunciam os ataques às escolas, glorificam os autores e espalham boatos sobre o assunto. O Twitter foi a única empresa a se recusar a retirar as postagens do ar, com a justificativa de que esse tipo de conteúdo não fere os termos de uso da empresa. Depois, voltou atrás, removendo 511 perfis indicados pelo governo e anunciando que colocará um aviso em conteúdos de discurso de ódio — que, convenhamos, passa longe de ser a melhor decisão. Na Alemanha, a rede está sendo processada pelo governo por se recusar a remover conteúdos que promovem discursos racistas, antissemitas, apologia ao nazismo e ameaças de ataques.
|
|
O assunto é MUITO complexo. Mas o Twitter também tem seus pontos positivos, claro. Tanto é que milhões de pessoas a têm como a rede favorita. Por exemplo: a simplicidade e o imediatismo fizeram com que a plataforma se tornasse o local perfeito pra divulgar e repercutir os acontecimentos do mundo. Muita gente a enxerga como um jornal diário, seguindo portais e navegando pelos trending topics. Jack Dorsey já dizia que o Twitter deveria ser um LiveJournal mais “ao vivo”. Além disso, as coisas viralizam muito rápido na rede do passarinho azul. Não é à toa que, muitas vezes, você vai mostrar um meme pra alguém e ouve: “ah, eu vi no Twitter”. Na era da economia da atenção, é tentador ter sua opinião ouvida por centenas ou milhares de pessoas. Se por um lado isso dá voz a discursos de ódio e pensamentos antidemocráticos, também ajuda a impulsionar movimentos sociais como o Me Too e o Black Lives Matter, além de ser um espaço interessante pra ativistas falarem sobre suas causas.
|
|
O próprio Elon Musk anunciou que, desde que ele está no comando do Twitter, a plataforma perdeu mais da metade do valor de mercado, e o principal motivo é a queda da receita com publicidade. Segundo dados da empresa de análise de marketing digital Pathmatics, mais da metade dos mil principais anunciantes pararam de exibir anúncios na rede. Além disso, a empresa Bot Sentinel estima que quase 900 mil usuários, incluindo celebridades e veículos de mídia, apagaram suas contas na rede social após a entrada do bilionário. Pra jornalista de dados Rumman Chowdhury, que trabalhava no Twitter e foi dispensada após a entrada de Musk, a rede lentamente deixou de ser uma empresa que se preocupava com as pessoas pra se tornar uma companhia que as enxerga como unidades monetizáveis. E não parece haver nenhum interesse por parte de quem a comanda de fazer movimento inverso. Resta saber se essa decisão acarretará, finalmente, no fim do Twitter. O que podemos fazer é esperar — se com a conta aberta, fechada ou excluída, você decide.
|
|
Micro Aventuras: um simples rolê pode ser uma viagem
|
|
Um simples rolê pode ser uma viagem para quem enxerga a vida de forma solar: não precisa ir longe, basta encontrar o seu jeito de escapar do óbvio e arejar a rotina. Pra que o estado de espírito do verão nos acompanhe nessas pequenas fugas, nos unimos à Allcatrazes — label gaúcha focada no desenvolvimento de produtos funcionais e duráveis feitos no Brasil — na collab Micro Aventuras. Supercolorida e funcional, a coleção foi feita sob medida pra quem vive em movimento e entende a importância de se conectar com a natureza.Tem mochila que também é uma tote, pochete, minibag, shoulder bag e bucket hat. Saiba mais no botão abaixo e garanta 10% de desconto em qualquer produto.
|
|
|