A prática exemplifica muito bem a busca pela produtividade a qualquer custo. ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏
Símbolo de inovação e tecnologia, o Vale do Silício está sempre em busca de novas estratégias pra aumentar a produtividade. Algumas delas, realmente, são comprovadas pela ciência. Por exemplo: há algum tempo, vários executivos decidiram fazer reuniões perambulando por aí ao invés de trancados em uma sala. E, de fato, pesquisadores da Universidade de Stanford descobriram que caminhar dá um belo boost na inspiração criativa, tanto durante como depois. Já outras práticas adotadas por essas “mentes brilhantes” podem até fazer sentido em certos pontos, mas não possuem embasamento científico. Um desses exemplos é o chamado “jejum de dopamina”, que nos últimos anos conquistou mais adeptos.
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A dopamina é um neurotransmissor, ou seja, um mensageiro químico do cérebro responsável por levar informações pra várias partes do corpo. Entre seus papéis no funcionamento do organismo, estão:
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Uma das principais características da dopamina é sua ação no chamado sistema de recompensa. Ao fazermos determinadas atividades que nos trazem felicidade ou prazer, como beber água quando temos sede, transar ou até receber um like do crush nas redes, nosso cérebro recebe estímulos e ocorre a liberação de dopamina em determinadas regiões do órgão. É por isso que ela é chamada popularmente de “hormônio do prazer”. Mas pesquisas já comprovaram que sua liberação também está ligada a eventos inesperados, como um ruído ou um barulho desagradável.
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Segundo Cameron Sepah, psiquiatra e professor do UCSF Weill Institute for Neurosciences, que atende muitos CEOs do Vale do Silício, o jejum de dopamina é baseado em uma técnica de terapia comportamental conhecida como “controle de estímulo”, geralmente usada pra tentar ajudar dependentes químicos, removendo comportamentos que sejam gatilho pro uso de drogas. Cameron afirma que, hoje em dia, principalmente por conta da tecnologia, nosso cérebro é estimulado quase o tempo inteiro. Por isso, pra ele, após ficarmos um tempo longe desses estímulos tecnológicos — que nos pedem uma reação quase imediata —, seríamos capazes de nos mantermos concentrados por mais tempo e, consequentemente, aumentar nossa produtividade.
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Existem, sim, estudos que mostram que um tempo fora das telas pode ajudar na criatividade e na produtividade. No entanto, nada disso está ligado à dopamina. O próprio Sepah já disse que “a dopamina é apenas um mecanismo que explica como os vícios podem ser reforçados e contribui pra um título cativante. O título não deve ser tomado literalmente”. Mas não foi bem isso que aconteceu.
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Elevado à décima potência
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Ao passo que foi ficando mais conhecida, a prática foi ganhando cada vez mais complexidade, e muita gente passou a excluir da rotina — na maior parte das vezes, por um dia — qualquer atividade que pudesse gerar o mínimo de prazer e satisfação. Uma dessas pessoas é James Sinka. Quando faz jejum de dopamina, o empreendedor do Vale do Silício se desconecta de todo o tipo de tecnologia, para de comer, consome apenas água, não trabalha, não se exercita, não ouve música e interage com pessoas o mínimo possível. Segundo James, após o jejum, as tarefas diárias ficam mais emocionantes e divertidas, o trabalho é prazeroso novamente, e a comida mais gostosa.
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Não existem estudos científicos que provem a existência de um benefício imediato após um período com menos quantidade de dopamina no cérebro. Neurocientista e professor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Claudio Queiroz também explicou à Viva Bem Uol, em reportagem da jornalista Isabella Abreu, que a produção e utilização da dopamina não estão sob controle voluntário e, assim, não é possível fazer um “jejum” dela.
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A produtividade tóxica é a necessidade doentia de ser produtivo o tempo todo, seja no job, seja na vida pessoal — mesmo quando isso não é esperado de você. Os sintomas incluem sentir culpa vinculada ao trabalho constantemente, sensação de que está perdendo tempo quando está simplesmente descansando, necessidade de mostrar serviço o tempo todo (mesmo sem uma cobrança externa) e cansaço crônico. Ou seja: essa busca extrema por produtividade, como acontece no jejum de dopamina, pode ser enlouquecedora. No entanto, apesar de tirar todo o prazer da vida não parecer ser o melhor caminho, algumas mudanças de hábito realmente podem ajudar no bem-estar e na produtividade. Sem fórmula mágica, atalho ou detox completo. Por exemplo:
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No mais, tenha uma vida solar: viaje, se exercite, saia com os amigos, ouça música, faça o que você gosta. É cientificamente e empiricamente comprovado: tudo flui muito melhor quando você está feliz e com a saúde mental em dia.
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