Deixar de lado a busca pela excelência pode ser a receita de uma vida solar. ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏
Não há nada de errado em querer ultrapassar limites pessoais ou buscar uma evolução constante. Conquistar algo que desejamos reforça a autoestima e aumenta o nosso tesão pela vida. No entanto, a necessidade de ser o melhor em tudo, a todo momento, pode trazer o oposto: frustração, vazio, medo de começar algo novo e até transtornos como burnout, ansiedade e depressão. Afinal de contas, ninguém consegue estar sempre no topo do pódio. Professor de psicologia e ciências do comportamento da London School of Economics, Thomas Curran estuda o perfeccionismo entre estudantes universitários. Em seu TED, ele afirma que os jovens de hoje estão ainda mais preocupados em atingir a perfeição do que os dos anos 1980. Por quê? E como sair dessa armadilha?
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Vivemos em uma sociedade que nos ensina, nos estimula e, muitas vezes, nos obriga a competir com outras pessoas. Logo na infância, é possível perceber que quem tira as melhores notas ganha reconhecimento. Mais tarde, é preciso ter um ótimo desempenho no vestibular pra cursar uma universidade “boa”. Já na vida adulta, a saga se intensifica: se destacar pra conseguir entrar em um mercado de trabalho saturado, mostrar excelência pra subir dentro da empresa etc. Ao não tomar cuidado e seguir no piloto automático, essa mentalidade competitiva pode se manifestar em situações nas quais não é bem-vinda, a exemplo de um hobby e nos relacionamentos. Quem nunca teve aquele amigo ou familiar que adora dizer que está um degrau acima de você? Ou já se pegou fazendo isso?
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Não é igual pra todo mundo
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Principalmente por conta da escassez de oportunidades, quem vem da periferia costuma ter que se esforçar mais pra conquistar o que deseja. Muitas mulheres, pessoas pretas, LGBTQIAP+, com alguma deficiência ou de outros grupos sociais considerados vulneráveis também sentem que precisam atingir um patamar próximo à perfeição pra provar o seu potencial — tanto pra si mesmas, quanto para os outros.
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Em Viver é melhor sem ter que ser o melhor, lançado pela Editora Sextante, Daniel Barros, professor colaborador da USP e médico do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, lança mão dos princípios do Arcadismo pra explicar que dá pra ser feliz deixando de lado a eterna busca pela excelência, desacelerando e optando pela moderação. O Arcadismo foi a expressão literária do Neoclassicismo, movimento artístico e cultural que se propunha resgatar os ideais greco-romanos — comedimento, simplicidade, moderação e reflexão —, como reação aos excessos do Barroco. Entre seus preceitos, estão as ideias de que o que não nos acrescenta nada nos rouba tempo e energia, e que o excesso transforma até o que seria útil em inútil. Também afirma que precisamos de moderação pra separar as coisas e absorvê-las de forma adequada — lógica que vai de encontro com o mundo em que vivemos hoje, marcado pelo excesso e pela rapidez de informações e consumo.
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A busca pela excelência, tão presente em nosso imaginário, fez com que, hoje, a mediocridade seja considerada um defeito. No entanto, em muitos momentos, abrir mão da perfeição e aceitar estar na média pode fazer com que a gente experimente a vida de forma muito mais leve. Por exemplo: aqueles que lidam melhor com a ideia de serem medianos costumam ter mais facilidade pra testar coisas novas e seguir praticando, diferente de alguém que espera ser bom logo no início e desiste ao se frustrar.
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Ao ganhar uma competição ou atingir o cargo mais alto de uma empresa, é comum pensar apenas na parte positiva de ser o melhor. No entanto, Daniel nos lembra que, quando focamos apenas nas conquistas e ignoramos o que tivemos que abrir mão por elas, empobrecemos nosso olhar. Primeiro, porque esquecemos de valorizar tudo o que preservamos e, segundo, porque minimizamos o preço pago pelos “vencedores” — vide milionários infelizes, campeões deprimidos e assim por diante. No episódio “Todo desafio vale a pena?”, do Desenrola, nosso podcast, a ex-surfista profissional Érica Prado contou que, apesar de ter sido muito feliz nos anos que passou competindo, sentia que muitas vezes não respeitava seus limites pessoais, além de se frustrar ao não conseguir executar certa manobra ou não subir no pódio. “Agora que o surf virou um hobby, que eu não preciso ser a melhor, esse peso saiu. Virou apenas diversão”, afirmou Érica.
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Se questione: vale a pena virar a noite pra atingir a “perfeição” nessa tarefa do trabalho? Não faz mais sentido parar pra fazer exercícios físicos, preparar o jantar e aproveitar um momento de relaxamento? Pra que alguma mudança aconteça, também é preciso desacelerar. Isso porque, em meio a uma rotina extremamente exaustiva, é difícil sobrar tempo pra avaliar o que realmente importa. É a partir do desfrutar e do saborear que vamos perceber quando algo é bom o suficiente e escapar da lógica aprisionadora do quanto mais, melhor, da busca infinita pelo melhor possível.
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Qual é a sua relação com o dinheiro?
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Independentemente da renda mensal, todo mundo precisa saber lidar com o dinheiro se não quiser passar perrengue na vida. Estar consciente da sua importância e fazer as pazes com a carteira são tarefas bem menos complicadas do que parecem. O dinheiro tem tudo a ver com bem-estar e liberdade, em todos os sentidos. Além de bancar seus boletos e rolês, ter uma reserva permite pular fora de job lixo, mudar de carreira, sair de casa… Enfim, ser mais dono do próprio nariz.
Até o dia 24 de março, acontece a 12ª edição da Global Money Week, uma iniciativa global dedicada à promoção da educação financeira para jovens e crianças e a Fundación MAPFRE está envolvida, ajudando a galera a se tornar expert em finanças. Acesse o site da Fundación MAPFRE e confira vários conteúdos sobre educação financeira, tudo de forma simples e prática para você colocar no seu dia a dia. Lembre-se: falar sobre dinheiro não deve ser um tabu!
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Há cem semanas, levamos o lado solar da vida pra caixa de entrada de cerca de 40 mil assinantes, por meio de reflexões aprofundadas sobre temas e tendências da atualidade. Aqui, já falamos dos mais diversos assuntos, de trabalho a sexo, passando por viagens, álcool, redes sociais, amizade… Neste link, você confere grande parte de tudo que já rolou. Curte a nossa newsletter? Então compartilhe com um amigo que você sabe que também vai gostar! Se houver algum tema que você deseja ver por aqui, entre em contato pela DM do Instagram ou no email: [email protected].
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No episódio mais recente do Desenrola, nosso podcast, a conversa é sobre a legalização da Cannabis no Brasil. Convidamos o neurocientista e biólogo Sidarta Ribeiro, a criadora da Humora, marca com produtos à base de Cannabis, Ana Júlia Kiss, e a fundadora e diretora criativa da plataforma Nowadays Thainá Zanholo pra refletir: como convencer mais pessoas de que a “erva do diabo” pode ser o remédio do século 21? O que é necessário pra que a legalização da maconha ocorra de forma mais responsável? Ouça aqui. 🚨 Alerta de spoiler: Na próxima segunda-feira (25/03), nosso papo é sobre viagens, tanto as que precisam de deslocamento, quanto as que acontecem pra dentro de nós. Participam deste episódio a comunicadora Thais Cézare, que há oito meses está viajando pelo Oriente, e Ruy Tone, empresário de ecoturismo na Amazônia e viajante inquieto. Já segue o Desenrola na sua plataforma de áudio favorita pra não perder nada!
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