Por que algumas pessoas interrompem as outras de forma crônica? ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏
Você está em uma roda de amigos, contando uma história superinteressante, mas vem aquela pessoa e… pá! Corta seu raciocínio e blá-blá-blá. Ou, então, está participando de uma reunião on-line de trabalho, apresentando uma ideia incrível que teve durante a semana quando, de repente, alguém interrompe você e dispara a falar. Sem levantar a mão, sem pedir desculpa. Quem nunca? Ser interrompido — e, especialmente, interrompida — é irritante demais. Mas por que nos sentimos assim? Como retomar a palavra sem ter um ataque de fúria? O que fazer pra domar o seu próprio ímpeto de cortar a fala de alguém? Aqui, a gente responde essas perguntas e dá dicas pra manter a conversa fluida e equilibrada.
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Nós, humanos, temos um talento natural pra sincronizar os tempos de resposta — fenômeno chamado de sincronia verbal ou turn-taking. Alguns pesquisadores acreditam, inclusive, que nossos cérebros realmente disparam neurônios relevantes em um ritmo sincronizado com a fala do interlocutor. No entanto, existem alguns fatores que interferem nessa dinâmica e fazem com que alguns de nós não esperem o término da linha de raciocínio dos que estão ao redor.
A cultura e a criação familiar é um deles. Ao crescer em um ambiente onde as pessoas se interrompem regularmente, sem que ninguém reclame ou questione, é possível que esse vire um hábito natural pra você. Já outras pessoas são mais diretas contando histórias ou expondo pontos de vista, e se incomodam tanto quando alguém faz isso em um tempo mais lento que preferem cortar e tomar o controle da conversa.
Também existem aqueles que são tão ansiosos ou tão entusiasmados que não conseguem esperar o término da fala do outro pra expressar sua opinião. Ainda podemos adicionar a essa equação uma certa dose de egocentrismo, que faz com que os próprios apontamentos pareçam mais importantes, além da falta de traquejo social e de transtornos relacionados à neurodiversidade, como o TDAH.
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A interrupção também está frequentemente associada a questões sociais e dinâmicas de poder. Muitos “interruptores” agem assim porque estão acostumados a ocupar um lugar de autoridade, dando por certo que os demais devem se calar. Já outros — como mulheres ou pessoas pretas — pelo motivo oposto: aprenderam, com a dor, que a única maneira de conseguir a palavra é se impondo.
Aliás, é comum que as mulheres — pra não dizer todas — estejam acostumadas a ter suas falas cortadas por homens no trabalho e em casa, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Um estudo da The George Washington University, nos EUA, descobriu que os homens interrompiam as mulheres com 33% mais frequência do que faziam entre eles. Essa atitude é uma das muitas faces do machismo, conhecida como manterrupting.
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No momento em que ocorre uma interrupção, os sentimentos podem variar de raiva a incômodo, passando pelo desânimo. Mas por que essa bomba emocional? Além da frustração por não conseguir expressar completamente algo que havia sido idealizado na mente, é no processo da fala — e, consequentemente, da escuta — que encontramos validação pras nossas ideias. Quando alguém nos interrompe, surge a sensação de que o que estávamos comunicando talvez não fosse tão relevante ou interessante, o que impacta diretamente na nossa autoestima.
Quando a interrupção acontece muitas vezes em um relacionamento, também é comum rolar uma perda de respeito e admiração. Por essas e outras razões, cortar abruptamente a fala de alguém vai contra os princípios da escuta ativa, que se caracteriza pela atenção e dedicação total a compreender o que o outro está dizendo. Isso não significa que você deva ficar calado o tempo todo, mas sim fazer questionamentos que demonstrem interesse no assunto proposto.
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Quando alguém interromper você, o primeiro passo é respirar fundo e decidir se vale investir energia em retomar a palavra. Fazer esse esforço e demonstrar o incômodo é especialmente importante caso haja um interesse em “educar” essa pessoa pra uma convivência mais harmoniosa. Ou se isso vai contribuir pro seu próprio bem-estar.
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Se as interrupções persistirem, considere convidar a pessoa em questão pra uma conversa. Se, por questões de dinâmicas de poder na empresa, não for possível abordá-la diretamente, pode ser interessante pedir a ajuda de um amigo pra reforçar a ideia com um comentário como: “eu gostaria de ouvir o que fulano estava dizendo, parecia muito relevante.”
Em um âmbito mais pessoal, como na família ou entre os amigos, vale esperar a irritação do momento passar e chamar a pessoa pra uma conversa honesta. Como afirma a psicóloga Alexandra Solomon ao The New York Times, nesses casos mais íntimos, a linguagem corporal também pode funcionar. Ao perceber que a pessoa irá interromper, incline-se pra frente e coloque a mão no braço dela, ou então levante o dedo.
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Como não interromper o outro
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Já fez sua autocrítica hoje? Talvez nem tenha percebido, mas a pessoa que chega tagarelando em cima pode ser você. Por isso, vale a pena prestar atenção às suas conversas e tentar avaliar se você fala muito mais do que seus interlocutores. Se concluir que sim, existem algumas medidas que podem ser tomadas pra evitar que isso se repita com frequência.
Em reuniões de trabalho, levantar a mão funciona — inclusive on-line, quando os delays e falhas técnicas prejudicam o timing do papo. Anotar os pensamentos que forem surgindo enquanto o outro estiver falando é uma forma eficiente tanto de não esquecer, quanto de controlar a ansiedade. No mais, esteja realmente presente na conversa. Se mesmo assim acontecer, peça desculpas e deixe a pessoa continuar.
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