Mais pessoas estão descobrindo os benefícios da psicoterapia. Já se encontrou nesse caminho? ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏
De acordo com uma pesquisa da Gallup realizada nos Estados Unidos, em 2004, 13% dos adultos se tratavam com algum profissional de saúde mental. Já em 2022, esse número chegou a 23%. A atual crise de saúde mental — intensificada pela pandemia de Covid-19 — é a principal responsável pela maior busca por terapia. Não à toa, segundo o mesmo estudo, a parcela de pessoas que avalia sua própria saúde psicológica como “excelente” alcançou o menor patamar da história. O Brasil, considerado o país mais ansioso do mundo pela Organização Mundial de Saúde, segue a mesma tendência. Mas as terapias psicológicas — ou psicoterapias — não se dirigem exclusivamente a quem está enfrentando sofrimento psíquico. Elas também são ótimas ferramentas na hora de buscar uma vida mais solar, proporcionando autoconhecimento e reflexões sobre como ser uma pessoa melhor — com os outros e internamente.
|
|
Segundo o livro Psicoterapias: Abordagens Atuais, de Aristides Volpato Cordioli e Eugenio Horacio Grevet, a psicoterapia é fruto de um processo histórico de mais de 3 mil anos, ligado à própria construção do conhecimento científico. No entanto, tanto o termo quanto os formatos que conhecemos hoje são jovens, desenvolvidos a partir do final do século 19. Nessa época, os transtornos mentais foram desvinculados de concepções místicas. Ao longo de décadas de estudos, diferentes teorias e práticas profissionais foram estruturadas pro cuidado da saúde mental e o desenvolvimento humano. Algumas focam no passado e no subconsciente pra buscar respostas. Outras, nas ações do dia a dia. Ainda há aquelas que analisam o entorno do sujeito pra entender sua psique. Nesta matéria do Vida Saudável, blog do Hospital Israelita Albert Einstein, você pode ler um pouco mais sobre algumas das mais populares e entender qual combina melhor com você.
|
|
Nos últimos anos, os conteúdos sobre psicanálise tomaram conta da Internet nos mais diferentes formatos, de posts a podcasts, contribuindo pra democratizar esse conhecimento antes restrito a um pequeno grupo de pessoas. Esse movimento também fez com que vários nomes da psicanálise viralizassem com suas falas e conceitos. Um exemplo recente é Donald Winnicott, psicanalista inglês que trata de temas como mães, ambientes, vazio, sensação de futilidade e verdadeiro e falso self. Seu estilo clínico acolhedor e empático, bem como a linguagem relativamente simples, são algumas das explicações do seu sucesso na Internet. Também fez sentido pra muita gente a ideia de que nem todo sofrimento é responsabilidade só da psique individual. Por exemplo: pra Winnicott, pode ser que o sujeito esteja deprimido porque trabalha em um ambiente cheio de colegas competitivos, chefes abusivos, com demandas e prazos desumanos.
|
|
Formas de terapia “alternativas” também ganharam mais espaço. É o que aconteceu recentemente com a terapia somática. Como explica um artigo da Harvard Health Publishing, os terapeutas somáticos acreditam que nosso corpo carrega emoções, e que eventos traumáticos podem ficar “presos” em partes do corpo como pés, peito, mãos, entranhas etc. Pra “libertá-los”, as sessões usam técnicas de autoconsciência corporal, descrição de sensações físicas e um tanto de silêncio. Muitos pacientes que procuram a terapia somática reconhecem o poder e o valor da psicoterapia tradicional pra evolução do autoconhecimento. No entanto, essas pessoas ainda sentem os efeitos de uma ansiedade, uma depressão ou um ataque de pânico na pele (ou em outros órgãos). E buscam no corpo uma tentativa de cura pra mente. Mas é importante pontuar que, ainda que os estudos estejam crescendo — vide O corpo guarda marcas, livro do psiquiatra holandês Van Der Kolk —, a prática ainda não tem tanto respaldo científico ou benefícios comprovados. Falando em corpo, provavelmente você já ouviu alguém dizer que certo esporte ou atividade corporal é sua “terapia”. Mexer o corpo realmente auxilia na redução dos sintomas da ansiedade e da depressão, mas não dá pra dizer que substitui a terapia. O melhor mesmo seria conciliar as duas práticas.
|
|
Quero parar de fazer terapia. E agora?
|
|
Em teoria, qualquer pessoa adulta tem liberdade pra tomar a decisão de interromper uma terapia antes de ter alta. Mas há vários pontos a considerar nessa hora. Discutir a sua vontade com o próprio profissional é um primeiro passo sensato. Dessa forma, vocês podem avaliar de forma conjunta os prós e contras de encerrar o processo terapêutico. Expor o motivo pelo qual você quer pular fora pode, eventualmente, ser uma parte importante do tratamento e até mesmo trazer algum tipo de reviravolta ao processo.
|
|
Se questione: a vontade de parar tem a ver com um fim de ciclo, ou a sensação de angústia/tédio/desconforto/cansaço que você sente com relação à terapia é, na verdade, uma relutância de entrar de cabeça no processo? Também vale pensar se o problema não está na linha terapêutica que você escolheu, ou então na falta de “liga” com o seu terapeuta.
|
|
Ao olhar pro seu núcleo de amigos, pode parecer que “quase todo mundo” está fazendo terapia. Mas, apesar do aumento da oferta e da procura, a realidade é outra. De acordo com uma pesquisa feita no ano passado pelo Instituto Cactus, somente 5% dos brasileiros fazem tratamento com psicoterapia — destes, 43% haviam começado há menos de um ano.
Também é bem possível que você já tenha ouvido — ou até falado — frases como “todo mundo precisa de terapia” ou “só namoro com quem está com a terapia em dia”. Elas exemplificam bem como essa prática vem se tornando sinônimo de status e “selo de qualidade”. No entanto, como afirmam muitos profissionais da área, nem todo mundo precisa de terapia. Há outras formas de obter bem-estar psicológico e existe muita gente bem-resolvida e feliz que nunca deitou num divã.
|
|
No último episódio do Desenrola, nosso podcast, convidamos Elisama Santos, comunicadora, autora best-seller e psicanalista especialista em saúde mental, e Jana Rosa, criadora de conteúdo, empresária e a fundadora da comunidade Bonita de Pele, pra entender por que mudar de ideia pode ser uma tarefa difícil e falar dos benefícios que essa atitude traz. Ouça aqui. 🚨 Alerta de spoiler: Na próxima segunda-feira (11/3), a gente fala sobre desafios. Na verdade, sobre o quanto vale a pena se desafiar. Convidamos Érica Prado, jornalista, apresentadora, ex-surfista profissional e idealizadora do movimento Surfistas Negras, e Lucas Bulamah, mestre e doutor em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da USP, pra entender a relação dos esportes radicais com o risco, a superação e o limite pessoal. Siga o Desenrola na sua plataforma de áudio favorita pra não perder nada!
|
|
☀️ Nós somos o The Summer Hunter, uma plataforma de conteúdo que acredita que o verão é mais do que uma estação do ano; é um estado de espírito. Nos siga no Instagram, onde publicamos conteúdo inédito diariamente, sempre às 7h30 da manhã. Ouça também nosso podcast, o Desenrola, e coloque um pouco de música na sua rotina com as nossas playlists em parceria com a Tecla Music. Também explore a nossa linha de acessórios desenvolvida em collab com a Allcatrazes. E pra se manter atualizado sobre as novidades do TSH e ter acesso a conteúdos e benefícios exclusivos, faça parte de nossa comunidade no WhatsApp!
📩 Recebeu essa newsletter de alguém e não é assinante? Envie a um amigo aqui e assine para não perder a próxima! 😔 Não quer mais receber essa news? Descadastrar. Versão web - Atualizar Perfil © 2024 The Summer Hunter, Todos os direitos reservados
|
|
|