Tem dificuldade de se autoelogiar? Mire-se no exemplo daquelas mulheres — como Anitta e Ivete Sangalo — que estão quebrando esse tabu.
Se pra muita gente já é complicado receber elogios de outra pessoa, quem dirá falar bem de si mesmo. E isso não é difícil de entender numa sociedade que prega modéstia como virtude e soberba como pecado capital. Nos últimos tempos, porém, o autoelogio vem sendo enxergado como uma ferramenta simples e eficiente pra dar um boost na saúde mental.
Parabéns pra você (mesmo)
Estudos levam a crer que fazer elogios a nós mesmos pode ser tão gratificante quanto ouvi-los de outra pessoa. E não precisa gritar no megafone: um “mandou bem!” pronunciado dentro de nossas próprias cabeças já nos injeta positividade e reforça a autoestima.

Show das poderosas
Mais dona de si (e da porra toda) impossível, Anitta vive disparando autoelogios. Na premiação do MTV Video Music Awards, na semana passada, não foi diferente: “Eu quero agradecer a mim mesma porque eu trabalho muito!”
Cheguei chegando
O funk carioca, aliás, tem repertório de sobra girando em torno do autoelogio, seguindo uma narrativa que reforça o empoderamento da mulher, a exemplo de Ludmilla em Cheguei, Valesca Popozuda em Beijinho no Ombro e tantas outras.
Absoluta
Ivete Sangalo também é potente na arte do autoelogio. Encorajando a mulherada do Brasil a se amar nas suas redes sociais, ela viralizou recentemente — divertida como sempre — durante a apresentação do Criança Esperança: “Tô linda, não tô? Estou louca por mim! Você precisa me ver nua!” Obviamente, quem sai por aí se autoelogiando publicamente o tempo todo e se levando a sério corre o risco de ficar insuportável. Mas o autoelogio bem dosado é uma forma de autoapreciação que pode funcionar como uma ferramenta simples pra enfrentar, conscientemente, aquela vozinha interior que nos empurra à autossabotagem e ao excesso de autocrítica.

Imagem de abertura: Marta e Maria Madalena (1598), de Caravaggio.