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O que significa ser flexitariano? Entenda a dieta

Por
Adriana Setti
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Flexitariano: movimento está ganhando importância na redução do consumo de carne e nas emissões de gases.

A produção de carne e laticínios responde por 14,5% das emissões mundiais de gases de efeito estufa. Diante desses dados assustadores, adotar o veganismo é o melhor a fazer pelo planeta. Mas nem todo mundo está disposto, ou tem condições, de seguir esse estilo de vida. Pra essas pessoas, o flexitarianismo pode ser um grande passo no sentido de reduzir o consumo de proteína animal e as emissões de gases de efeito estufa. Mas, afinal de contas, o que significa ser flexitariano?

Dados são assustadores

A produção de carne e laticínios responde por 14,5% das emissões mundiais de gases de efeito estufa ––– o mesmo que todos os carros, caminhões, aviões e navios juntos, segundo informações da FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. 

Agropecuária é responsável por emissão de gases do efeito estufa
Créditos: Pixabay / Pexels

É hora de reduzir

Diante dos fatos, só mudanças drásticas farão a diferença. Segundo a World Resource Institute, ONG focada em pesquisa ambiental, os países ricos devem reduzir o seu consumo de carne bovina, ovina e de laticínios em 40% se quiserem atingir as metas de emissões globais pra 2050. Mas outros cálculos estimam que essa redução deveria ir muito além.

"Planeta acima do lucro", diz cartaz
Créditos: Markus Spiske / Pexels

Proteína animal em baixa

Muita gente já está tomando uma atitude. Ao passo que o movimento vegano cresce, um relatório divulgado no ano passado pela Euromonitor aponta que 23% dos consumidores no mundo todo já tentam limitar a ingestão de carne. Em 2019, esse número era 21%.

23% dos consumidores no mundo todo já tentam limitar a ingestão de carne
Créditos: Ivan Samkov / Pexels

De onde surgiu o flexitarianismo?

Nem veganos, nem vegetarianos, eles são os flexitarianos: pessoas a dispostas a consumir menos proteína animal. O movimento surgiu no início dos anos 2000 e, hoje em dia, já é apontado como o grande motor da indústria de produtos veganos, segundo reportagem da Folha de São Paulo. Por requerer menos adaptações que o veganismo, o flexitarianismo tem maior capacidade de adesão ––– e nisso reside sua importância diante do aquecimento global.

O movimento do flexitarianismo surgiu no início dos anos 2000
Créditos: Blue Bird / Pexels

Ser ou não ser flexitariano

A tendência da dieta flexitariana é forte no Brasil –– não apenas pelo preço do churrasco nas alturas. Uma pesquisa realizada pelo Ipec no ano passado mostrou que 46% dos brasileiros deixaram de comer carne ao menos uma vez na semana por vontade própria.

Pesquisa do Ipec mostrou que 46% dos brasileiros deixaram de comer carne ao menos uma vez na semana por vontade própria
Créditos: Mikhail Nilov / Pexels

Um estilo de vida flexitariano

Não se trata de uma postura restrita à alimentação. Adotar o estilo de vida flexitariano também envolve fazer escolhas mais conscientes na hora de consumir outros tipos de produtos, preferindo sempre aquilo que for “livre de crueldade animal”: cosméticos, produtos de limpeza, maquiagem etc.

Ser flexitariano não significa apenas reduzir o consumo de carne
Créditos: Sarah Chai / Pexels

Quanto reduzir para ser flexitariano?

De acordo com o The Meat-Lover’s Guide to Eating Less Meat, um guia para reduzir a ingestão de proteína animal publicado pelo New York Times, uma forma de caminhar ao flexitarianismo é cortar 40% do seu consumo atual de carnes e laticínios, fazendo uma analogia com as recomendações do World Resource Institute.  

Crédito da imagem do abre: Pexels

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