Vibes

Surfe e as mulheres no Irã

Por
Mariana Caldas
Em
2 abril, 2015

Easkey Britton, Mona Seraji e Shalla Yasini são três mulheres que estão revolucionando os mares do Irã. Além do amor pelo mar, elas acreditam que o surfe é uma forma de conexão e empoderamento, capaz de transformar o mundo e expandir horizontes.

Easkey, que é irlandesa, protagonizou um momento histórico: foi a primeira mulher a surfar no Irã. A cineasta francesa Marion Poizeau estava com ela e eternizou o feito em um vídeo que ganhou as mídias sociais (e tradicionais, no mundo todo!) e emocionou centenas de milhares de corações.

Easkey e Marion foram para o Irã em 2011 em busca de aventuras. Elas queriam encontrar formas de filmar e surfar em terras iranianas. Acabaram descobrindo Baluchistan, uma pequena cidade na costa e único lugar com algum potencial para o esporte no país. Na primeira viagem elas fizeram história. E na segunda vez, voltaram acompanhadas.

A snowboarder Mona Seraji e a mergulhadora Shalla Yasini são esportistas iranianas e se identificaram totalmente com a experiência de Easkey e Marion. Juntas, as quatro decidiram voltar ao Irã. Dessa vez, o objetivo era claro, compartilhar a paixão que sentiam pelo surfe no país e tornar o esporte acessível na região, principalmente entre as mulheres.

A segunda viagem teve um impacto real em Baluchistan e deu vida ao documentário “Into the Sea”, dirigido por Marion, que está disponível para download no iTunes (AQUI). Conta a história das primeiras surfistas do Irã e de como elas introduziram o esporte em uma das mais remotas partes do país, apresentando o surfe como uma ferramenta de transformação, que pode ajudar a ultrapassar barreiras culturais e religiosas.

Inspiradas por essa experiência, Easkey e Marion criaram a organização “Waves Of Freedom”, que tem como principal missão difundir o surfe como uma forma de transformação social, capaz de empoderar as pessoas que estão mais vulneráveis na sociedade, principalmente as mulheres.

Waves Of Freedom

Para conhecer mais, se envolver ou ajudar o “Waves Of Freedom”, o caminho é wavesoffreedom.org.

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