Vibes

Os artistas Danka Umbert, Gugie Cavalcanti e Juli Tang transformam a natureza da Ilha do Mel na moldura viva de um mural pintado a 6 mãos

Por
Adriana Setti
Em parceria com

Terceiro filme da série Rota dos Paraísos, produzida pela cerveja Corona, Dialogando com o Ambiente retrata um collab entre três mentes criativas em um santuário ecológico no litoral do Paraná.

A regra é nunca deixar nada além de pegadas na natureza. Mas, em Dialogando com o Ambiente, dirigido por Bruno Tessari, três artistas subvertem essa norma no bom sentido: em um collab inspirado pela Ilha do Mel, eles fazem arte com os elementos que encontram pelo caminho. Protagonizado pelo muralista catarinense Danka Umbert, ao lado de Monique Cavalcanti (conhecida como Gugie) e Juli Tang, o filme viaja pelas cores, formas e texturas desse santuário ecológico no litoral paranaense, que serviram de inspiração às obras criadas a seis mãos. Buscando a oportunidade perfeita pra cada intervenção, o trio explora as praias e trilhas da ilha, entre rolês de bike, altas ondas e brindes com cerveja Corona. “O processo foi bem solto e espontâneo, sentimos o lugar e pintamos coisas que remetem à natureza local, como os pássaros e a tartaruga”, diz Danka. 

Danka, que pega onda desde criança, começou sua carreira aos 13 anos pintando pranchas. “A natureza e o surf sempre andaram junto com o meu trabalho”, diz o artista de Florianópolis. “É surfando que eu consigo buscar inspiração, ver a minha arte com distância e trazer elementos do mar e do meio ambiente às minhas pinturas”. Mesmo assim, trabalhar com os elementos naturais de forma tão direta foi uma experiência nova para o artista, que já participou de exposições em Bali, na Indonésia, e em Copenhague, na Dinamarca. “Normalmente, a gente namora um pouco o espaço onde vai fazer um mural e pensa bem no projeto antes de pintar. Mas, dessa vez, tudo aconteceu de uma forma muito inesperada, foi uma vivência única”, conta. 

Conhecido por pintar figuras femininas, Danka ataca de grafitti (com o pseudônimo Altus Baita) e também transporta sua arte a telas, gravuras, pinturas em madeira, skates, roupas e acessórios. “Como trabalho com o universo feminino, acho muito interessante fazer collabs com mulheres e aprender com elas, que são minhas fontes de inspiração”, diz Danka, que já tinha colaborado com Gugie em outro projeto. “Fazemos um trabalho mais figurativo e a Juli nos completou com o estilo dela. Nossa ideias foram se encaixando como peças até que criamos uma coisa bem orgânica, que tem um pouco de cada um”. Transformando em obras de arte um barco de pescador abandonado e uma casinha, Danka, Gugie e Juli converteram a Ilha do Mel em uma grande moldura viva.

Fotos William Zimmermann

A seguir, nossas dicas pra você curtir a natureza da Ilha do Mel

Por que Ilha do Mel?

A 130km de Curitiba, a Ilha do Mel é o ponto alto do litoral do Paraná e um dos picos mais completos de ecoturismo do sul do Brasil, ideal pra reconectar com a natureza e caminhar de pés descalços. Sem carros e longe do stress urbano, a ilha tem pouco mais de mil habitantes e acesso limitado a 5 mil turistas por dia (em tempos normais), o que garante tranquilidade total em seus mais de 25km de praias, mesmo no auge do verão. Acessível só de barco, a partir de Paranaguá e Pontal do Paraná, tem áreas protegidas de restinga e mata atlântica, construções históricas e picos de surf de alto nível, onde não é raro surfar ao lado de botos e tartarugas.

Segredos da Ilha do Mel: Gruta das Encantadas

Na abertura do filme, Danka, Juli e Gugie aparecem emoldurados pelas paredes da Gruta das Encantadas, curtindo um fim de tarde alucinante. Ao sul da ilha, a gruta é uma fenda num paredão que nasceu da luta do rochedo com o mar. Dá pra chegar lá a pé do vilarejo de Encantadas e da Praia da Boia.

Onde ficar na Ilha do Mel: Astral da Ilha

A cena inicial do filme foi ambientada na Astral da Ilha (astraldailha.com.br), que fica a poucos passos da Praia de Fora, dentro de uma área de preservação de 2 mil metros quadrados. Em estilo balinês, a pousada tem bangalôs, quartos e cabanas pra até cinco pessoas, e cada unidade é decorada em um estilo diferente. Quem quiser pode resolver toda a viagem aqui: tem bikes pra alugar, serviço de praia e um Surf Club, onde é possível fazer aulas de surf e SUP e descolar pranchas. Depois do surf, vale conferir o menu de massagens relaxantes do spa. 

Praia do Miguel: sossego total, de bike ou a pé

“Foi um dos lugares que mais me inspiraram e tem um potencial enorme pra quem gosta de aventura, de andar e surfar”, diz Danka. Uma das praias mais intocadas da Ilha, ao sul da Praia Grande, a Praia do Miguel é perfeita pra longas caminhadas. De areia batida, também é boa pra correr e dar um rolê de bike, o meio de transporte “oficial” da ilha, como fizeram os três artistas em uma das passagens do filme. 

Os melhores picos de surf da Ilha do Mel

Dialogando com o Ambiente mostra Danka surfando no Canto da Vó, o pico mais consistente da Praia Grande, onde as ondas tubulares chegam a 8 pés com vento oeste. Outro lugar mítico da Ilha do Mel fica nas Paralelas, perto do secular Farol das Conchas (vale a pena encarar os 150 degraus pra ver a vista de cima!). Quebrando tão raramente que alguns chegam a acreditar que se trata de uma lenda, tem direitas perfeitas em fundo de areia e pedra. Ali ao lado, a Praia de Fora é outro hotspot de surf que vale a pena conferir. 

Passeio de barco na Ilha do Mel

Dar um rolê de barco é o programa clássico pra quem visita a Ilha do Mel — e única forma de chegar a alguns cantos inacessíveis por terra. Qualquer pousada ou agência local oferece várias opções de itinerários, partindo de Encantadas ou Nova Brasília. Os roteiros costumam passar pela Praia de Encantadas e a Baía dos Golfinhos, além de incluir construções históricas, como a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, do século 18. 


A vida é aqui fora!

abandono-pagina
No Thanks