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Os patinetes elétricos já estão rodando em São Paulo. Será que a moda pega?

Por
Fabiana Corrêa
Em
22 agosto, 2018

Duas empresas estão oferecendo o serviço na cidade, ainda em formato de testes. Para quem quer sentir o vento no rosto sem suar a camisa

São Francisco, na Califórnia, proibiu temporariamente as empresas de compartilhamento de patinetes elétricos – até que o uso esteja regulamentado. Mas, por aqui, duas companhias começaram a oferecer esse serviço, ainda que em período de testes, e com mais regrinhas para quem quiser usar. Quem tem celular com sistema Android já pode baixar o app da Ride
(nessa semana, começa a funcionar também na AppStore) que tem pontos de retirada na avenida Faria Lima, zona oeste da cidade, e desbloquear um patinete. Gasta-se R$ 2,50 para desbloquear e mais 0,50 centavos por minuto de uso e você anda a cerca de 6km por hora, seguindo a recomendação da Ride, mas há modelos que chegam aos 25km/h. Por enquanto, a Ride tem poucos pontos fixos de estacionamento. Você não precisa ir até eles para devolver, necessariamente, mas deixar jogado por aí pode causar a mesma rejeição que rolou na Califórnia. Por isso, nesse primeiro momento, a empresa se compromete a buscar. “Se o usuário quiser estacionar fora dos pontos, a gente se propõe a buscar o mais rapidamente possível e estacionar no lugar correto”, diz Paula Nader, uma das sócias da Ride.

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A empresa tem 50 patinetes compartilhados nas ruas, mas a ideia é liberar mais à medida que as pessoas se habituem a usar – e a cidade aceite a novidade. O ritmo tem a ver com o mau exemplo de San Francisco, onde a coisa ficou tão feia que há grupos de Facebook destinados a destruir os patinetes. É que startups com investimentos milionários lotaram as ruas com os veículos de uma hora para outra: podiam ser deixados em qualquer lugar e ficavam jogados pelas calçadas, às vezes sujos e quebrados. Depois de dois meses de proibição, no entanto, a galera das empresas de tecnologia já está lançando tuítes de saudades.Ivan Adriano (com os amigos, na foto de abertura, à frente), que tem uma barbearia na zona sul, andou pela primeira vez em um patinete da Ride no domingo, na Avenida Paulista. “É tão divertido quanto os patins, que eu adoro, e qualquer pessoa consegue andar”.

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A Scoo, outra empresa de aluguel, ainda não tem um aplicativo no ar, o que deve acontecer em breve. Por enquanto, são 20 patinetes estacionados em alguns pontos da cidade. Para usar, você tem que se cadastrar no site ou no ponto de estacionamento – por enquanto sem pagar nada. “Vai dar pra evitar o trânsito da Faria Lima na hora do almoço, quando preciso sair para fazer alguma coisa rápida perto do trabalho”, diz a psicóloga Julia Bittencourt, que experimentou os patinetes na semana passada. A ideia das empresas que alugam é justamente essa: ter uma opção para os usuários que precisam andar poucos quilômetros, mas não querem suar a camisa.

Só fique espertx para as regras: se houver ciclovia, ciclofaixa ou calçada livre, prefira circular nesses lugares. Andar com o patinete pelas ruas pode dar multa.

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