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Plogging: a atividade pra quem quer salvar o planeta enquanto corre

Por
Lilian Kaori Hamatsu
Em
18 julho, 2019

Em tempos de guerra ao plástico e urgência no que diz respeito a questões ambientais, o plogging ascende como prática esportiva entre os frequentadores de praças e praias por todo o país. O termo – uma fusão das palavras jogging (corrida em ritmo moderado, em tradução direta do inglês) e plocka (sueco para o verbo apanhar) – surgiu em 2017, quando o ambientalista Erik Ahlström fundou um grupo no Facebook para viabilizar sua ideia. Embora a atividade seja uma ressignificação dos mutirões de limpeza que vem sendo organizados há anos, o diferencial é que a ação pode ser praticada diariamente. A seguir, uma seleção de grupos pra quem acredita em coletividade como incentivo na hora de recolher lixo enquanto se exercita #vaiplaneta:

Pegada do Bem

Idealizada por Isabella Santoni e Caio Vaz, a iniciativa parte da premissa de que a natureza pode ser salva e preservada por meio de mobilização e consciência coletiva. Em setembro de 2018, a primeira ação saiu do papel e ganhou as areias da praia de São Conrado, no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo que promove o exercício físico e a sustentabilidade, o Pegada do Bem organiza workshops e bate-papos educativos acerca do tema. Por enquanto, as caminhadas acontecem apenas em praias cariocas.

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Plogging Brasil

Diferentemente das outras páginas dedicadas ao tema, a Plogging Brasil reúne informações e divulga grupos que praticam a atividade em todo o país. De Maresias, no litoral de São Paulo, aos vales do Rio Grande do Sul, esportistas e interessados na ação podem encontrar companhia por meio dos arrobas que aparecem pelo feed.

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Plogging Porto Seguro

Com menos de um ano de existência, o grupo que defende a vida marinha e a limpeza das praias de Porto Seguro, na Bahia, já é o maior do país. No Instagram, o Plogging Porto Seguro compartilha os resultados das caminhadas realizadas nas manhãs de sábado e convoca a participação dos seguidores em votações de leis na Câmara Municipal e eventos como o Dia Mundial da Limpeza. Cerca de trinta sacos de lixo são coletados a cada vez.

ROUTE Brasil

Com o objetivo de desenvolver soluções para os impactos do consumo e o descarte humano em ambientes naturais, a Route Brasil foi fundada em 2011 na Guarda do Embaú, praia de Florianópolis, em Santa Catarina. Desde então, o projeto ganhou dimensão nacional e atualmente promove ações de limpeza por todo o país. Além de participar de eventos voltados para a questão da sustentabilidade, o diretor Simão Filippe da Costa já firmou parcerias com organizações e marcas como ONU, Ellus e Instituto Lixo Zero. Os resíduos recolhidos durante as atividades, quando não encaminhados para reciclagem, são transformados em brinquedos para crianças, ferramentas educativas e até mesmo material para exposições.

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Salvemos São Conrado

Em família, Marcello Farias e Fabrini Tapajós querem despoluir São Conrado, no Rio de Janeiro. Com a colaboração de organizações como Parley, Route e dezenas de artistas que circulam pela praia, os surfistas falavam de plogging antes mesmo do movimento ter um nome. Em 2012, quando começaram a divulgar vídeos e imagens dos prejuízos ambientais causados por uma tubulação de esgoto que ia direto pro mar, nem imaginavam a proporção que o Salvemos São Conrado ganharia. Desde que as caminhadas com coleta passaram a ser realizadas, um dos points mais bonitos da zona sul carioca, em meio ao Morro Dois Irmãos e a Pedra da Gávea, deixou de ser visto como espaço de lazer nocivo à saúde e recuperou status entre os frequentadores.

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