Entenda por que o mundo está ficando cada vez mais cinza e por que vale a pena virar esse jogo e ter mais cores na vida.
Ambientes branquíssimos, carros monocromáticos, preto e cinza dominando o armário. Já reparou como o mundo anda cada vez menos colorido? Um estudo recente acaba de comprovar que, de fato, as cores mais quentes, como vermelho e amarelo, perderam espaço nos últimos 50 anos.
Andando pelas ruas de São Paulo ou Nova York, é fácil notar que a maioria das pessoas prefere usar cores neutras. Os carros seguem o mesmo padrão: pretos, brancos e cinzentos dominam. E o que dizer das casas? Qual foi a última vez que você entrou em um banheiro de azulejos cor de rosa ou verde-abacate? Nos anos 1950, isso era normal.
Tons de cinza
O principal motivo por trás da neutralização do mundo é a padronização mercadológica. Em escala industrial, fica mais complicado trabalhar com muitas cores diferentes. Nos gráficos do estudo, dá para ver como, na medida em que o cinza foi ganhando, espaços tons amarronzados, avermelhados e amarelados foram entrando em declínio.
O celular como referência para o fim das cores
O lançamento dos smartphones, em 2007, ajudou a reforçar essa tendência. Apostando nas cores neutras, como cinza e preto, os celulares ditaram a tendencia não só pra indústria tecnológica, mas toda a área do design.
Um mundo mais cinzento realmente pode ser mais triste. Cores sempre tiveram vinculadas às emoções humanas e estudos já comprovaram que o cinza é a melhor “tradução” da depressão, enquanto o amarelo representa o sol é combina com a alegria; o vermelho com a paixão e por aí vai.
Mais cores, por favor
Basta sentir a diferença entre nosso mood em um dia cinzento e em um dia ensolarado pra sacar que tudo isso faz sentido. Que tal injetar mais cor na sua vida?
“Se as cores ajudam a contar histórias, as vibrantes ajudam a representar efervescência e diferenciação. Não é à toa que uma das tendências de moda mais marcantes surgidas no pós-pandemia foi o ‘dopamine dressing’, que parte da ideia de vestir cores intensas para auxiliar na sensação de bem-estar”, diz André Carvalhal, consultor de sustentabilidade e designer
