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Doze pratos típicos cariocas para matar a larica a qualquer hora

Por
Ricardo Moreno
Em
17 novembro, 2015

A jornalista Inês Garçoni, uma das pessoas que mais entende de comida (da alta e da baixa gastronomia), lança hoje, no Espaço Cultural Olho da Rua (Rua Bambina, 9), à partir das 19h, Rio de Janeiro, o livro “Larica Carioca (Rio das Letras).

Trata-se de uma obra indispensável para quem gosta de, pelo menos, duas coisa: bons textos e boas comidas.

A obra, que tem um inspirador prefácio escrito por Moacyr Luz, traz doze crônicas igualmente geniais discorrendo sobre os mais tradicionais pratos da baixa gastronomia carioca, aqueles ideais para matar a larica a qualquer hora do dia ou da noite.

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Veja bem, a larica não é, exclusivamente, a fome monstruosa que nasce de quem fuma um baseado. Mas qualquer fome monstruosa, mesmo de quem nunca colocou um cigarro de maconha na boca.

Os textos são assinados por figuras do circuito bôemio-cultural carioca, a exemplo da atriz, cantora e escritora Letícia Novaes, da banda Letuce, que presta homenagem ao filé Oswaldo Aranha, ou o fotógrafo Leo Aversa, que faz ode ao galeto do Quick, em Copacabana.

“Faze crônica sobre temas culinários é uma delícia, mas poucos autores brasileiros parecem saber disso”, escreve Inês na apresentação do livro. Ela conseguiu, na companhia de um estelar escrete formado por Mariana Filgueiras (batida de gengibre), Caio Barbosa (sambiquira), Leo Aversa (galeto), Raphael Vidal (frango marítimo), Gabriel Cavalcante (jiló), Letícia Novaes (oswaldo aranha), Manuel Trindade Oiticica (rabada), Alice Sant’Anna (arroz de brócolis), João Pimental (bolinho de feijoada), Bruna Beber (churrasquinho de gato), Juliana Krapp (sacolé) e Gilberto Porcidonio (joelho), mais o ilustrador Daniel Gnatalli.

O livro também elenca receitas de todos os pratos, assim como os melhores endereços. Veja alguns deles aqui:

Arroz de brócolis

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Café e Restaurante Lamas – Todo o cardápio do Lamas respira tradição, com pratos que não saem de cartaz há décadas. Os filés não são exceções, e os acompanhamentos podem ser vários, mas o arroz de brócolis, invariavelmente, é um dos melhores.
Rua Marquês de Abrantes, 18, Flamengo. Tel.: 21 2556-0799


Batida de gengibre

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Casa da Cachaça – São mais de 3 mil rótulos de cana no seu reduzido espaço – dentro, só há um balcão, garradas e quinquilharias de armazém penduradas. Mas quem brilha mesmo é a batida da casa; aliás, talvez um de seus únicos atrativos. Por causa dela, o bar é paragem obrigatória dos bebedores noturnos que, animados pelo gengibre, ganham amigos de infância, amores e protagonizam episódios que ficam para sempre na história do bairro. Avenida Mem de Sá, 100, Lapa. Tel.: 21 2531-7210


Bolinho de feijoada

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Aconchego Carioca– Entre tantos outros quitutes deliciosos servidos no restaurante de comida brasileira, assinados por Katia e sua filha, Bianca Barbosa, o célebre bolinho é o mais pedido, como não podia deixar de ser. Recomenda-se que a porção seja acompanhada de cerveja gelada ou de uma boa dose de cachaça.
*Rua Barão de Iguatemi, 379, Praça da Bandeira. Tel.: 21 2273-1035


Churrasquinho de gato

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Espetaria São José – Dentro do mercadinho São José, edifício histórico revitalizado no final dos anos 80, com uma espécie de pracinha interna ao redor da qual se reúnem alguns bares, fica este bar especializado nos espetinhos. A variedade oferecida é grande, e podem ser servidos acompanhados de cerveja gelada.
Rua das Laranjeiras, 90, Laranjeiras. Tel.: 21 3559-2029


Frango marítimo

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Beco das Sardinhas– Um paraíso para os amantes deste peixe: um beco, no Centro do Rio, fechado para carros, onde cinco botecos diferentes vendem sardinha empanada e frita aos clientes sentados nas dezenas de mesas de plástico espalhadas pela “praça”. O mais conhecido se chama O Rei dos Frangos Marítimos. Cada unidade sai por míseros reais, dois, três. A cerveja gelada é acompanhamento obrigatório.
Rua Miguel Couto, 139, Centro. Tel.: 21 2233-6119


Galeto na brasa

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Quick Galetos– A casa, uma típica galeteria de balcão com atendimento rápido, existe desde 1975. Da grelha também saem peixes, filé mignon, pernil, camarão e outras carnes. Mas é do galeto que os clientes gostam mais.
*Rua Duvivier, 28-A, Copacabana. Tel.: 21 2541-2897


Guacamole de jiló

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Bar do Momo– Ninguém resiste às receitas criativas do Toninho, chef do premiado botequim da Tijuca, “pé-sujo” limpinho e querido de toda a cidade. Ostenta alguns prêmios, entre eles, o de Melhor Boteco. Nas mãos de Toninho, o jiló vira estrela de algumas receitas clássicas, como tartare e guacamole.
Rua General Espírito Santo Cardoso, 50, Tijuca. Tel.: 21 2570-9389


Joelho

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Rio-Lisboa– Padarias das mais tradicionais da zona sul carioca, a Rio-Lisboa nunca fecha. Recebe desde boêmios em busca da larica salvadora até trabalhadores sedentos por um pingado de manhã. Em qualquer um dos casos, o joelho, que nada mais é que uma massa rechonchuda feita de farinha, queijo e presunto, acompanha.
Avenida Ataulfo de Paiva, 1030, Leblon. Tel.: 21 2294-1597


Filé a Oswaldo Aranha

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O Cosmopolita– Como frequentador assíduo, o advogado e diplomata Osvaldo Aranha inventou ali, aos pés dos Arcos da Lapa, o famoso prato, hoje vendido na maioria dos botequins cariocas (sabe-se lá porque motivo, com o tempo, o V foi trocado pelo W). O Cosmopolita guarda, no entanto, a receita e o sabor próximos do original – além de manter a arquitetura com poucas alterações.
Travessa do Mosqueira, 4, Lapa. Tel.: 21 2224-7820


Rabada

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Estação Baião de Dois– O Centro de Tradições Nordestinas, ou Feira de São Cristóvão, como é mais conhecida, é um ponto turístico e cultural imperdível da cidade, onde não faltam música e comida típicas. Aqui, se prova a rabada no estilo sertanejo.
Campo de São Cristóvão, s/nº, São Cristóvão. Tel.: 21 2589-4205


Sacolé

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Sucolé do Claudinho– Há 22 anos, Luís Claudio Barros vende o seu picolé de saquinho, batizado por ele de “sucolé”, cantando pelas praias de Ipanema e Leblon aos sábados e domingos. O time é formado por oito vendedores, que percorrem as areias escaldantes das 11h30 às 16h. Oferecem 15 sabores, para a alegria dos banhistas.
sucoledoclaudinho.com.br


Sambiquira

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Bar do Joel– Ele se chama “Guanabara”, mas quase ninguém conhece o verdadeiro nome do Bar do Joel, na Tijuca, a poucos metros da Praça Afonso Pena. O ambiente é modesto, pequeno, um típico botequim de balcão, e a cerveja gelada é cobiçada por moradores do bairro e arredores, que ali também podem (e devem) se acabar na sambiquira frita, petisco raríssimo de se encontrar por aí. Aqui, ele é a estrela do lugar e orgulho do proprietário, que a prepara diariamente.
Rua Dr. Satamini, 138-A, Tijuca. Tel.: 21 2565-7872*

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