Em um momento em que cada vez mais pessoas se sentem desmotivadas no âmbito profissional, empresas exigem que seus funcionários demonstrem alegria e engajamento — custe o que custar.
Segundo um estudo conduzido pela Gympass, mais de 80% dos brasileiros consideram a felicidade no trabalho tão importante quanto o salário — ainda assim, 28% se sentem infelizes no ambiente profissional. No novo episódio do Desenrola, a gente questiona: é mesmo necessário ter realização no trabalho? E mais: o que precisa mudar pra que isso realmente aconteça?

“Nós vamos passar, em média, mais de 100 mil horas da vida trabalhando. Então não dá pra ser só um fardo, né? É bom, sim, ter um trabalho que faça sentido, que traga realização e que aconteça num ambiente saudável. As empresas, hoje, têm a responsabilidade de não serem mais agressoras da nossa saúde mental.”
Renata Rivetti
TEDx Speaker, consultora, pesquisadora, fundadora da Reconnect Happiness At Work e responsável pela implantação do piloto da semana de quatro dias no Brasil

Com muita atenção
Buscar sentido no que você faz profissionalmente é importante — mas é diferente de transformar o trabalho no seu grande (e único) propósito de vida. Quando isso acontece, os limites entre o pessoal e o profissional se apagam, e o que era busca por realização pode virar frustração, culpa e até burnout.

“Hoje, as pessoas depositam no trabalho muitas das suas expectativas de vida. Mas o trabalho não é, necessariamente, o lugar onde você vai realizar todos os seus objetivos e sonhos. Muitas vezes, é preciso entender o papel que ele tem na sua vida — e isso significa também administrar suas emoções e expectativas.”
Andrea Janer
Empreendedora digital e fundadora e CEO da Oxygen

Itens essenciais pra um ambiente de trabalho mais feliz:
· Espaço seguro de diálogo entre empregados e liderança.
· Remuneração justa e direitos trabalhistas garantidos.
· Ambiente sem abusos, que respeite o ritmo e o limite de cada um.
· Autonomia, confiança e flexibilidade.
· Relacionamentos saudáveis e respeitosos.

“A gente fala do trabalho da mesma forma há 100 anos. Quando a Geração Z entra no mercado profissional, ela questiona: por que trabalhar assim? Se eu já fiz o que tinha pra fazer, por que ficar até às 18h no escritório? Eu apoio eles nessa revolução necessária.”
Renata Rivetti


“O funcionário passa o dia inteiro em reuniões e, à noite, vai produzir. Sendo que, nesse momento, ele deveria, por exemplo, estar assistindo a uma série pra entender sobre o que o mundo está conversando. […] Se uma pessoa não vai ao cinema, não tem um hobby, não conversa com os amigos, não pratica um esporte, ela não oxigena o pensamento.”
Andrea Janer

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