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Um papo com Dora Morelenbaum

Por
Manuela Stelzer
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Em 2025, a cantora roda o país com as apresentações de seu primeiro álbum solo, que mescla sua vibe pós-bossa nova com jazz, pop e outros gêneros. A gente conversou com ela.

No final de 2024, a carioca Dora Morelenbaum concluiu a turnê europeia de lançamento do seu primeiro álbum solo, Pique. Desde antes de Bala Desejo, banda com a qual ganhou notoriedade nos últimos anos, a música já corria em suas veias. Dora é filha do violoncelista Jaques Morelenbaum e da cantora Paula Morelenbaum. Aqui, a gente reúne os melhores momentos do nosso papo com ela.

Por que Pique?

O nome veio de uma sensação sinestésica que tive ao longo do processo de achar o arranjo, o timbre, as paisagens sonoras. Enquanto produzia o álbum, eu ouvia as músicas em movimento, no ônibus, no carro, e fazia muito sentido.

Um papo com Dora Morelenbaum

“A primeira imagem que me vem é uma estrada no lusco-fusco, anoitecendo, as luzes passando, o carro em movimento. É uma hora confusa, em que você enxerga tudo de uma outra maneira.”

Dora Morelenbaum, cantora e compositora, explicando como definiria seu novo disco em uma imagem

Em Pique, você exerceu muitas funções, de arranjadora, compositora, produtora. Como foi isso?

Um papo com Dora Morelenbaum
Capa de Pique

A princípio, como eu canto, existe uma expectativa de que faça um disco de cantora. Mas fui descobrindo que eu não precisava necessariamente ocupar só esse lugar. Poderia também participar da produção, tocar os instrumentos que quisesse, pensar os arranjos, dividir com pessoas que admiro.

Um papo com Dora Morelenbaum

“Desde o início do Bala, eu não parei, e por enquanto não quero parar mesmo. Estou só começando. Mas existe um aprendizado nesse meio. Porque, se a gente não descansa, não cria.”

Dora Morelenbaum

Como tem sido se apresentar sozinha, sem o Bala Desejo?

Claro que dividir as responsabilidades em quatro torna tudo menos demandante. Mas, ao mesmo tempo, num coletivo, tem que abrir mão de algumas coisas. Algo muito bom é que, com o Bala, eu ganhei conforto e intimidade com o palco. Então hoje não me sinto mais tão nervosa.

Com o álbum no mundo, quais são suas vontades agora?

Preciso manter um equilíbrio. Deve existir um ritmo em que coexistem contemplação e produção. Uma coisa alimenta a outra.

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Crédito da imagem de abertura: Cau e Ana Frango Elétrico