Ela passou a vida ajudando as pessoas a tr@ansarem melhor. Mas, em seu último livro, Ruth Westheimer ensina como se conectar com outras pessoas.
Ilustrações: Eduardo Gayotto
Os quelônios eram os animais favoritos de Dra. Ruth e também sua metáfora favorita. Segundo ela, a tartaruga não consegue se alimentar ou se reproduzir se não colocar a cabeça pra fora do casco. Ou seja, precisa correr riscos pra sobreviver. E nós deveríamos fazer o mesmo.
Embora todas as pessoas ao seu redor possam parecer felizes e satisfeitas com seus relacionamentos, todo mundo se sente só em algum momento. Vivemos uma espécie de “epidemia” de solidão.
A terceira maior preocupação do brasileiro com 50 anos ou mais é a solidão.
Fonte: Levantamento do Instituto Locomotiva
Segundo a Dra. Ruth, que trabalhou como terapeuta comportamental por muito tempo, admitir que você se sente só já é um grande passo e pode trazer alívio.
Ninguém gosta de admitir que está tendo dificuldades na cama. Da mesma forma, ninguém fica feliz em confessar que tem poucos amigos confiáveis. A vergonha é o fio que conecta as duas coisas — e é o sentimento que sempre tentei ajudar as pessoas a superarem.
Ruth Westheimer em The Joy of Connections: 100 Ways to Beat Loneliness and Live a Happier and More Meaningful Life
Dra. Ruth adorava receber os amigos em casa e não se importava de não ter o mesmo número de convites em troca. Pra ela, era uma questão prática: “seu objetivo no final do dia é se cercar de pessoas com quem realmente deseja estar”. É você que faz acontecer na maioria das vezes? Deixe o ressentimento pra lá.
Não espere encontrar uma alma gêmea pra fazer amizade. Pessoas muito diferentes de você podem enriquecer sua vida. E sabe aquelas relações mais casuais e superficiais? Também contam e alegram a rotina.
Muita gente bacana pode estar por perto, seja no apê ao lado, seja na festa comunitária do seu bairro que você nunca frequentou. Bora lá!