Tende a falar pelos cotovelos, interromper todo mundo e entrar no “modo avião” quando alguém consegue — ufa! — se manifestar na conversa. É o tipo que não se lembra da cara e do nome de ninguém, nunca pergunta sobre a vida alheia e é incapaz de demonstrar interesse genuíno por outras pessoas.
A pessoa que se acha muito importante se leva a sério demais pra rir dela mesma. Desconhece a delícia e o alívio de se expor ao ridículo de vez em quando e, pior: tem dificuldade de assumir seus erros —a culpa é do estagiário.
Os dramas alheios não importam, já que o seu é sempre mais grave, mais importante e mais urgente.
Em cinco minutos de conversa, ela despeja todos os seus estudos, conquistas, prêmios e cargos. Também tende a se vangloriar de suas preocupações sociais e de como é elevada espiritualmente, só que não.
Ai de você se contestar alguma coisa ou fizer uma crítica. Quem se acha muito importante adora um confronto porque encara uma discussão como grande oportunidade de voltar ao centro das atenções.
Quem se acha muito importante também acredita que suas opiniões e conselhos são preciosos. Por isso, adora dar “um toque”, fazendo comentários críticos e desagradáveis, ou inferiorizando os demais — sempre na “melhor” das intenções, claro.
Por se achar o centro das atenções, esse tipo de pessoa costuma ser vaidosa e perfeccionista. Afinal de contas, acha que todo mundo está preocupado com sua aparência, desempenho ou jeito de vestir. Caso se desse conta de sua insignificância perante o universo, seria com certeza menos insegura e mais feliz.