Ele se movimenta pela areia com a habilidade de um siri, trabalha no calor enquanto você se diverte e, às vezes, tem que caminhar uma distância enorme levando bandejas pesadas carregadas com moquecas em ebulição. Um bom garçom praiano é a alma de uma boa barraca de praia e merece todo o nosso respeito, empatia e gratidão.
O verdadeiro luxo à beira-mar é encontrar um pico onde você não precisa grudar a sua epiderme em uma cadeira de plástico besuntada em protetor solar e fluidos humanos. Jogue suas mãos para o céu e agradeça se acaso tiver um guarda-sol de sapé e uma espreguiçadeira de madeira.
A barraca de praia que você respeita não tem um freezer empanturrado e aquele cardápio quilométrico que vai do bobó ao estrogonofe. Mas tem o zap do pescador mais sortudo da praia e peixe fresquinho praticamente pulando do mar para o seu prato.
A barraca de praia que você respeita não tem um freezer empanturrado e aquele cardápio quilométrico que vai do bobó ao estrogonofe. Mas tem o zap do pescador mais sortudo da praia e peixe fresquinho praticamente pulando do mar para o seu prato.
O elemento mais básico de uma barraca de praia é também o mais desafiador: o banheiro. Encontrar um limpo, iluminado (sim), sem um mangue no chão e com papel faz até uma lágrima escorrer do olho direito. Seu paraíso praiano também tem aquela ducha responsa pra tirar o sal e esfriar a cabeça.
Por mais calor humano que você curta, bom mesmo é comer aquele peixinho frito sem ter que escutar a conversa da mesa ao lado ou ficar disputando território com o encosto da cadeira de trás. Seu lugar dos sonhos respeita o número máximo de lugares permitido, não monopoliza a praia e deixa o ar circular entre os guarda-sóis.