Pensatas sobre os desafios da “geração sanduíche”.
“Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade." Nem é escolha. Está na lei. Esse é o artigo 229 da nossa Constituição Federal.
Um terço da população brasileira faz parte da chamada “geração sanduíche”: com os pais vivendo mais e mulheres tendo filhos mais tarde, são responsáveis por cuidar de crianças e idosos quase na mesma proporção, o que pode geral uma brutal sobrecarga, especialmente quando não é possível contar com ajuda externa.
Pesa também o aumento das questões de saúde mental na velhice, incluindo males como demência e Alzheimer. A projeção é que os diagnósticos dessa última tripliquem, chegando a mais de 150 milhões até 2050, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Pesa também o aumento das questões de saúde mental na velhice, incluindo males como demência e Alzheimer. A projeção é que os diagnósticos dessa última tripliquem, chegando a mais de 150 milhões até 2050, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Deusivânia Falcão, psicóloga especialista em psicogerontologia, em seu perfil no Instagram
. Lembrar que, do outro lado, há uma pessoa que não quer perder sua autonomia e que pode ter dificuldade de aceitar que precisa de ajuda. . Errar a mão impondo regras e vontades a uma pessoa que ainda tem o direito de tomar decisões. . Acabar infantilizando o idoso na intenção de demonstrar carinho. . Aceitar o envelhecimento dos pais ao invés de criticar a forma como eles encaram isso. . Lidar com a culpa de querer aproveitar a sua própria vida.
Há quem consiga aproveitar o lado bom dessa situação — o que pode ajudar a viver melhor essa fase. Embora os cuidadores se sintam preocupados pelo lado financeiro e sobrecarregados pela responsabilidade, 91% se dizem gratos por poder ajudar familiares em necessidade.
Fonte: Ong American Association of Retired Persons (AARP)