Pensatas sobre os desafios da “geração sanduíche”.

Com 32 milhões de pessoas acima dos 60 anos e a expectativa de vida no Brasil subindo, segundo dados do IBGE, tem cada vez mais gente precisando de cuidados. Na falta de políticas públicas, quem assume essa responsabilidade, geralmente, são os filhos — sobretudo as filhas. 

Esse senso de obrigação tem até nome: responsabilidade filial. Quem aí está nessa?

“Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade." Nem é escolha. Está na lei. Esse é o artigo 229 da nossa Constituição Federal.

Um terço da população brasileira faz parte da chamada “geração sanduíche”: com os pais vivendo mais e mulheres tendo filhos mais tarde, são responsáveis por cuidar de crianças e idosos quase na mesma proporção, o que pode geral uma brutal sobrecarga, especialmente quando não é possível contar com ajuda externa.

Pesa também o aumento das questões de saúde mental na velhice, incluindo males como demência e Alzheimer. A projeção é que os diagnósticos dessa última tripliquem, chegando a mais de 150 milhões até 2050, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

SAÚDE MENTAL NA BALANÇA

Pesa também o aumento das questões de saúde mental na velhice, incluindo males como demência e Alzheimer. A projeção é que os diagnósticos dessa última tripliquem, chegando a mais de 150 milhões até 2050, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

SAÚDE MENTAL NA BALANÇA

Se você cuida de alguém, lembre-se: sua saúde mental importa. Seu bem-estar é parte essencial do processo. Cuidar de si não é um luxo. É uma necessidade. ___

Deusivânia Falcão, psicóloga especialista em psicogerontologia, em seu perfil no Instagram

Nem tudo são dores. Cuidar de pais idosos pode trazer um sentido de gratidão pelo que eles fizeram por nós.

. Lembrar que, do outro lado, há uma pessoa que não quer perder sua autonomia e que pode ter dificuldade de aceitar que precisa de ajuda. . Errar a mão impondo regras e vontades a uma pessoa que ainda tem o direito de tomar decisões. . Acabar infantilizando o idoso na intenção de demonstrar carinho. . Aceitar o envelhecimento dos pais ao invés de criticar a forma como eles encaram isso. . Lidar com a culpa de querer aproveitar a sua própria vida.

DESAFIOS DIÁRIOS

Há quem consiga aproveitar o lado bom dessa situação — o que pode ajudar a viver melhor essa fase. Embora os cuidadores se sintam preocupados pelo lado financeiro e sobrecarregados pela responsabilidade, 91% se dizem gratos por poder ajudar familiares em necessidade.

MUITO AMOR ENVOLVIDO

Fonte: Ong American Association of Retired Persons (AARP)