Até pouco tempo atrás, nos limitávamos a almejar as coisas e feitos das pessoas reais ao nosso redor. Com as redes sociais, passamos a nos comparar a muito mais gente — o tempo todo. Como isso nos afeta?

a era da comparação

ilustrações: eduardo gayotto

Antes da popularização das redes sociais, nossas referências de consumo ou lifestyle giravam em torno de amigos, colegas de trabalho, familiares etc. Hoje, com nossos smartphones sempre à mão, acompanhamos as vidas “perfeitas” de incontáveis pessoas — e isso nos impacta de outra forma.

Antes dos feeds, as celebridades ditavam modas na capa da revista ou na TV, claro. Mas representavam algo inalcançável. Além disso, não tínhamos acesso aos seus hábitos de consumo e estilo de vida.

fora de alcance

Os smartphones oferecem uma extensão hiper-eficiente de impulsos evolutivos profundos pra nos conectarmos com outras pessoas e aprendermos com elas, mas também pra nos compararmos e competirmos com os outros.

Fonte: trecho do estudo Hypernatural Monitoring: A Social Rehearsel Account of Smartphone (Frontiers in Psychology)

Influenciadores amplificam essa dinâmica de comparação. Diferentemente de celebridades tradicionais, eles criam uma falsa sensação de intimidade e autenticidade.

tão longe, alcance

Essa proximidade ilusória intensifica a comparação constante, algo que nosso cérebro não foi projetado pra processar. Resultado? 

Um aumento de sentimentos de inadequação, stress, depressão e baixa autoestima.

·   Roleta do unfollow: modere o uso do celular e não siga perfis que despertam em você sentimentos de inveja e inferioridade.

Como se proteger

·   Procure orientar seu uso das redes sociais a perfis mais informativos.

Tudo o que se vê nas redes sociais pode ter sido filtrado, editado, roteirizado e planejado pra vender ideias e produtos.