Eles alegram a vida, dão amor incondicional e são companhias incríveis, mas será que tantos cuidados, mimos e proteção fazem bem pra eles?
ilustrações: eduardo gayotto / enjoying coffee
sendo 62,2 milhões de cães, 30,8 milhões de gatos e 42,8 milhões de pássaros ornamentais. (1)
dos domicílios tem pelo menos um cão ou gato. (2)
Fontes: Pesquisa da Abinpet e do Instituto Pet Brasil (1); Comissão de Animais de Companhia (2)
A pandemia deu força a uma tendência que já estava em ascensão. Com o isolamento, mais gente enxergou nos bichinhos uma forma de ter companhia e amor. E quem já tinha um pet passou a valorizar ainda mais a sua presença, o que serviu de estímulo pra investir em novos mimos e cuidados — e aumentar a dependência emocional.
· Normalização da opção de não ter filhos. · Número crescente de filhos únicos. · Envelhecimento da população. · Dificuldade em estabelecer relacionamentos. · Epidemia de solidão.
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Festinhas com bolo e petiscos caninos, bichinhos passeando em carrinhos de bebê, joias, hotéis com mimos, cachorros e gatos que mal colocam o pé pra fora de casa. Da parte dos donos, esses “cuidados” podem até ser uma demonstração de amor, mas — julgamentos morais à parte — até que ponto o animal se beneficia de ser tratado como gente?
James Serpell, professor de ética e bem-estar animal da Escola de Medicina Veterinária da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, ao The New York Times
· Aumento da obesidade — nos EUA, 60% dos gatos e cachorros domésticos tem excesso de peso. · Altas taxas de abandono ao não dar conta de tantos cuidados e gastos. · Mais ansiedade ao se separar do dono. · Medo de outros animais.
Fontes: Prevalence of pet anxiety in the US (Green Element) e Association for Pet Obesity (APOP)