Como a comida típica do interior desse Brasilzão está sendo resgatada, reinterpretada e — acima de tudo — valorizada.

a força da

cozinha caipira

cozinha caipira

foto: ltati frison

Feijão, frango com quiabo, pururuca de porco, cuscuz:

a tradução de confort food pra grande parte dos brasileiros. 

Feijão, frango com quiabo, pururuca de porco, cuscuz:

a tradução de confort food pra grande parte dos brasileiros. 

Apesar disso, a cozinha  caipira da Paulistânia ainda  não é tão reconhecida quanto outras culturas culinárias brasileiras, como a amazônica ou a baiana. Mas esse cenário está mudando, graças a chefs  e pesquisadores que  buscam valorizar esse patrimônio culinário.

Denominada pelos portugueses, a Paulistânia abrange um território que engloba parte do Centro-Oeste (Goiás e Mato Grosso), do Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo) e do Sul (Paraná e Santa Catarina). Ou seja, um belo naco do interior do Brasil.

paulistânia, prazer

foto: ltati frison

Na essência, a culinária caipira  da Paulistânia gira em torno do milho  — um ingrediente historicamente abundante na região.

milho

milho

O milho não só é a base de diversos produtos artesanais de alta qualidade, como farinha de milho flocada, fubá e canjiquinha, mas também está diretamente ligado à criação de porcos e frangos.

vegetal e animal

foto: ltati frison

Do ponto de vista sociológico, a cozinha caipira reflete as condições de vida no interior, muitas vezes marcadas pela escassez e a precariedade de recursos, mas que revelam um modo de viver profundamente conectado à terra, à simplicidade e a hábitos herdados dos povos indígenas.

simpli- cidade

simpli- cidade

A origem da cozinha caipira está ligada à pobreza, mas, simbolicamente, carrega uma enorme riqueza, que não está nos recursos materiais, mas na relevância histórica. Apesar disso, essa tradição tem sido esquecida nos centros urbanos. Por isso, o Lobozó busca resgatar essa cultura e trazê-la a São Paulo.

Gustavo Rodrigues, chef e coproprietário do restaurante Lobozó

foto: lana pinho

Jefferson Rueda, do A Casa Do Porco, Alex Atala, conhecido por sua galinhada, e Marcelo Corrêa Bastos, do Jiquitaia — e também sócio do Lobozó — são alguns chefs que engrossam esse movimento em São Paulo.

influência

De acordo com as linhas de pensamento que defendem a comida “de verdade” e o “descascar mais, desembalar menos”, a cozinha caipira é uma forma de resgatar o modo de fazer artesanal. Mais do que uma questão gastronômica, também é uma forma de proteger o meio ambiente e valorizar práticas sustentáveis.

resgate

resgate