A ONDA DOS COSMÉTICOS "LIMPOS"

A ONDA DOS COSMÉTICOS "LIMPOS"

Mercado em ascensão, o clean beauty reflete preocupação com saúde e sustentabilidade. Entenda o movimento.

O termo clean beauty (“beleza limpa”) vem sendo utilizado desde os anos 1990 e geralmente se refere a marcas com produtos que só utilizam ingredientes naturais — logo, biodegradáveis — em sua composição. Mas a real é que esse conceito ainda não tem contornos totalmente definidos.

EM VÁRIAS FRENTES

EM VÁRIAS FRENTES

Alguns deles podem ser orgânicos, com produção socialmente responsável. E isso pode incluir a sustentabilidade em toda a cadeia, como a preocupação com o resíduo das embalagens — vide a tendência de shampoos em barra — e a compensação de carbono na produção e na entrega.

VEGANOS  X "LIMPOS"

VEGANOS  X "LIMPOS"

Muitas das marcas também são veganas, ou seja, não utilizam ativos de origem animal nem fazem testes em animais. Mas nem todo cosmético vegano  se enquadra nos outros aspectos da “beleza limpa”. Definições à parte, esse mercado está bombando.

No Brasil, o setor foi estimado em R$ 10 bilhões em 2020 pela pesquisa Natural Personal Care, realizada pela consultoria Factor Kline, e deve chegar a 2025 com receita na casa dos R$ 17 bilhões. E a Euromonitor Beauty and Personal Care 2020 Brasil mostrou que, assim como rolou nos EUA, o mercado de cosméticos convencionais cresceu em média 5%, enquanto o dos “limpos” cresceu 10% no mesmo período.

BELEZA PROMISSORA

BELEZA PROMISSORA

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abiphec), os consumidores estão mais críticos tanto quanto ao modelo de atuação das empresas, como aos produtos ofertados por elas, a forma que são produzidos, quais ingredientes são utilizados e como são embalados.

SUBSTÂNCIAS POLÊMICAS

SUBSTÂNCIAS POLÊMICAS

Alergias, ressecamentos, infertilidade e até câncer já foram ligados ao uso de substâncias presentes em cosméticos convencionais.  Essa indústria usa mais de 10 mil POPs (Poluentes Orgânicos Persistentes), altamente resistentes à degradação e podem se acumular no meio ambiente e no organismo humano.

LIMPEZA  NA PRATELEIRA

LIMPEZA  NA PRATELEIRA

Não há consenso científico sobre a toxicidade de muitos ingredientes e a consequência de uso a longo prazo, ainda mais se combinados entre si. No entanto, avanços em pesquisas já fizeram com que muitas marcas parassem de usar algumas substâncias e algumas delas já foram proibidas na União Europeia.

No Brasil, não existe nenhuma legislação ou regulação pra especificar que um produto cosmético é “limpo”. Por isso, as empresas acabam se baseando nas regras das certificadoras, como a Ecocert e a IBD. Também existem selos que indicam marcas “cruelty-free” e neutras em emissões de carbono.

COMO SABER?

COMO SABER?