Mercado em ascensão, o clean beauty reflete preocupação com saúde e sustentabilidade. Entenda o movimento.
Alguns deles podem ser orgânicos, com produção socialmente responsável. E isso pode incluir a sustentabilidade em toda a cadeia, como a preocupação com o resíduo das embalagens — vide a tendência de shampoos em barra — e a compensação de carbono na produção e na entrega.
Muitas das marcas também são veganas, ou seja, não utilizam ativos de origem animal nem fazem testes em animais. Mas nem todo cosmético vegano se enquadra nos outros aspectos da “beleza limpa”. Definições à parte, esse mercado está bombando.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abiphec), os consumidores estão mais críticos tanto quanto ao modelo de atuação das empresas, como aos produtos ofertados por elas, a forma que são produzidos, quais ingredientes são utilizados e como são embalados.
Alergias, ressecamentos, infertilidade e até câncer já foram ligados ao uso de substâncias presentes em cosméticos convencionais. Essa indústria usa mais de 10 mil POPs (Poluentes Orgânicos Persistentes), altamente resistentes à degradação e podem se acumular no meio ambiente e no organismo humano.
Não há consenso científico sobre a toxicidade de muitos ingredientes e a consequência de uso a longo prazo, ainda mais se combinados entre si. No entanto, avanços em pesquisas já fizeram com que muitas marcas parassem de usar algumas substâncias e algumas delas já foram proibidas na União Europeia.