A Revolução Psicodélica

Por que você ainda vai tomar cogumelos mágicos e MDMA (ou algo parecido), com receita médica, para curar ansiedade e depressão, além de outros transtornos mentais.

O Novo Prozac

Depois de décadas de criminalização, as drogas psicodélicas estão prestes a serem incluídas nas receitas médicas psiquiátricas para o tratamento de depressão, ansiedade, dependência química e outras doenças mentais.

Duas das revistas científicas mais respeitadas do mundo, a Nature e a New England Journal of Medicine, acabam de publicar resultados muito promissores de estudos sobre aplicação terapêutica de MDMA e psilocibina (substância ativa dos cogumelos “mágicos”), respectivamente.

Pesquisadores também concluíram que a psilocibina ajuda as pessoas a sentirem mais tolerância e empatia. E a ibogaína, encontrada na raiz de uma planta africana, vem se mostrando eficiente no combate ao vício pesado em drogas.

Novas Frentes

Especialistas acreditam que a FDA (espécie de Anvisa dos EUA) aprovará em breve o uso terapêutico de substâncias psicodélicas. No ano passado, o estado de Oregon foi o primeiro a autorizar tratamentos com psilocibina.

Instituições como a Universidade da Califórnia, Berkeley, Johns Hopkins e o hospital Mount Sinai de Nova York já montaram suas unidades de pesquisa psicodélica e investidores estão colocando milhões em startups da área.

O Brasil também está nessa corrida, com resultados animadores nos estudos relacionados à aplicação de ayahuasca em pessoas com resistência aos tratamentos tradicionais contra a depressão.

Ayahuasca em Alta

“Dada à atual crise de saúde mental, há grande curiosidade e esperança sobre os psicodélicos e o reconhecimento de que precisamos de novas ferramentas terapêuticas”.

Michael Pollan, autor do livro sobre drogas psicodélicas Como Mudar Sua Mente (2018), em entrevista ao New York Times

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