Enquanto uns se divertem, outros se irritam. Na falta de bom senso e noções básicas de cidadania, várias cidades do Brasil e do mundo decidiram banir esses aparelhos da areia.
Seja na cidade ou em lugares remotos, a praia é um espaço público que possibilita a conexão com a natureza. Pra quem ama sol e sal, basta ouvir aquele “fruco-fruco” dos pés ao caminhar na areia fofa, o chiado do vento ou aquele barulhinho do mar pra entrar em um outro estado de espírito, mais solar e relaxado. Até que chega aquela pessoa, aperta o play e altera a “paisagem sonora” com seu gosto musical.
Não é de hoje que música na praia divide opiniões — a começar pelo som nas barracas e nos quiosques, que acabam invadindo o espaço público. Mas a popularização das caixinhas com bluetooth e a potência das desejadas boomboxes transformaram todo banhista em um potencial DJ e multiplicaram a cacofonia.
Tem caixinha, tem caixona e, nas praias onde os automóveis são tolerados na areia, pinta até paredão. Quanto mais alto o volume, mais claro fica que muita gente não tem a menor noção de que a liberdade de um termina quando começa a do outro.
Ainda que boa parte dos municípios já disponham de leis para regulamentar o ruído urbano que, pelo menos em teoria, permitem multar quem transforma a praia em uma festa privada, a falta de regras claras dificulta a fiscalização.