Esse sentimento faz parte da dor e da delícia de ser humano. E, bem trabalhado, pode até ser usado a seu favor.
Ainda que possa ser confundida com admiração, a experiência da inveja costuma ser desagradável. A boa notícia é que dá pra domar essa fera — e, acredite, até usá-la em benefício próprio.
Lauren Appio, psicóloga, em entrevista ao The Cut
Ciúme é o medo de perder algo que já é nosso. Inveja é querer algo que não temos. São emoções diferentes que podem até se misturar, eventualmente. E ambas tendem a induzir uma “mentalidade da escassez”, isto é, a sensação de que o seu não é suficiente.
Se bem trabalhada, a inveja não necessariamente alimenta pensamentos destrutivos. Um estudo que analisou a relação entre esse sentimento, motivação e desempenho concluiu ele que pode funcionar como um estímulo pra melhorar e correr atrás do que está faltando.
Sentiu inveja? Primeiro, vale tentar admitir pra você. Abraçá-la é uma maneira de combatê-la. Esse sentimento não deveria ser visto como um “crime” ou vir acompanhado da culpa.
Também é importante entender que sentir inveja não invalida sua relação com a pessoa que é o alvo. O ser humano é complexo: você pode amar e admirar uma pessoa, e também sentir inveja dela.
Respire fundo e analise sua inveja: o que evocou essa emoção? A resposta pode ajudar você a esclarecer suas próprias ambições. Do que sinto inveja e por que gostaria de ser como essa pessoa?