Ele ocupa muuuito espaço, deixa rastros e — acima de tudo — ainda não se ligou que a praia é um espaço público, onde a liberdade de um não pode soterrar a do outro na areia. A seguir, um manual pra identificar os sem-noção do litoral brasileiro.

Bomba o som na caixinha, mesmo em cidades onde é proibido.

Adora calor humano: e cola o guarda-sol em você, mesmo quando tem espaço de sobra.

Fuma e bafora na sua direção. Depois enterra a bituca na areia.

Joga altinha a meio metro de você e carimba todo mundo no frescobol agressivo.

Come aquele queijo coalho e depois espeta o palito na areia pra furar o seu pé.

Leva o cachorro (sem coleira) em praia lotada e deixa o cocô do Rex ali mesmo.

Deixa voar de tudo: seu guarda-sol mal fixado que nocauteia meia dúzia, o saquinho de plástico, o copinho descartável...