Em Como Viver até os 100, o escritor Dan Buettner viaja aos lugares do mundo que concentram pessoas centenárias pra descobrir os segredos da longevidade.

quer uma vida longa e boa?

quer uma vida longa e boa?

foto: michael turek / national geographic

O jornalista norte-americano Dan Buettner­­ leva anos pesquisando sobre a longevidade e publicou diversos livros sobre o assunto em parceria com a National Geographic. Nessa nova série, disponível na Netflix, ele viaja a algumas “zonas azuis” — lugares do mundo onde um grande número de pessoas vive, de forma feliz e saudável, mais de 100 anos — pra entender o que elas têm em comum.

As zonas azuis analisadas por Buettner são extremamente heterogêneas: Okinawa, no Japão, a península de Nicoya, na Costa Rica, um vilarejo da Sardenha, na Itália, Loma Linda, uma comunidade adventista no interior da Califórnia e a ilha de Icária, na Grécia. Um elemento comum? Clima cálido e ensolarado.

a presença do sol

Nesses cantos do mundo, o estilo de vida requer movimentar o corpo constantemente, seja pra subir ladeiras íngremes na Sardenha, seja pra levantar do tatame e cuidar da horta em Okinawa. Mas, em geral, essas pessoas trabalham pra viver; não vivem pra trabalhar. O descanso é parte da rotina e é bem-visto socialmente.  

vida ativa e descanso

foto: live to 100: secrets of the blue zones

“O descanso não é apenas deitar, dormir. O verdadeiro descanso é a alegria. Isso é o que faz a diferença.”

David Taylor, 88 anos, membro da comunidade adventista de Loma Linda, na Califórnia

foto: live to 100: secrets of the blue zones

Em Okinawa, ikigai, “razão de viver”. Em Nicoya, plan de vida. Já em Loma Linda, fé. Nas zonas azuis, ter um propósito e um motivo pra levantar da cama todos os dias é algo que ocupa um espaço importante e bem definido na vida das pessoas. Segundo Buettner, esse parece ser um combustível fundamental pra uma vida longa.

um propósito

foto: live to 100: secrets of the blue zones

Da batata-doce como um dos pilares da alimentação em Okinawa, às tortilhas de milho de Nicoya, passando pelas massas de fermentação natural e caldos de verduras da Sardenha, ou pelos vinhos naturais de Icária, a alimentação predominantemente à base de vegetais e sem ultraprocessados é um dos elos entre esses redutos da vida longa.

pouca (ou nenhuma) carne

foto: live to 100: secrets of the blue zones

Amizades duradouras, união em família e a noção de pertencer à comunidade configuram o elemento que mais salta aos olhos ao longo dos episódios da série. Precisamos de pessoas ao nosso redor e, acima de tudo, poder contar com alguém que nos apoie e retribuir da mesma forma.

em boa companhia

foto: live to 100: secrets of the blue zones

Nesses “pontos azuis”, também é notável como as pessoas mais velhas são integradas à sociedade. Os idosos são fortemente amparados dentro e fora de casa e as amizades intergeracionais são valorizadas. A idade avançada é vista como fonte de sabedoria e serenidade.

atenção aos mais velhos

foto: live to 100: secrets of the blue zones