O que a ciência diz sobre o suplemento que é assunto nas rodinhas de conversa das academias e na facção fitness das redes sociais.
O universo fitness dentro das redes sociais está repleto de “milagres” atribuídos à creatina: de barrigas de tanque supostamente esculpidas em poucas semanas a homens com peitos estufados em fotos de “antes e depois”. Mas será que todo esse frenesi tem fundamento científico?
A creatina serve como combustível para os músculos e pode promover o crescimento muscular quando combinada com exercícios. Ninguém fica sarado só de ingerir o pó, e nem tão rapidamente como algumas postagens parecem sugerir.
Um estudo recente descobriu que a suplementação de creatina, combinada com treino de resistência em adultos, aumentou a massa corporal magra em quase um quilo. Vegetarianos e veganos são mais propensos a ter uma resposta maior aos suplementos, já que não ingerem tanta creatina naturalmente.
Muito se fala, também, que a creatina dá “mais gás” pra se exercitar. Estudos já comprovaram que, durante o treino, o suplemento pode dar uma pequena ajuda em atividades de curta duração, como levantar um peso ou dar uma corridinha.
Pesquisas atuais ainda sugerem que a creatina pode ter benefícios cognitivos, melhorando a memória e atenuando os sintomas de lesões cerebrais. Mas especialistas reconhecem que ainda é preciso ir mais a fundo em estudos nesse sentido.
Quem exagera na creatina pode ter algum desconforto gastrointestinal e sobrecarregar os rins — especialmente se já tiver um histórico de doenças renais. Como com qualquer suplemento, é fundamental consultar um médico antes de tomar.